Paulo Nobre é o novo presidente do Palmeiras. Empresário de 44 anos, conselheiro do clube desde 1997, ele derrotou nesta segunda-feira o candidato Décio Perin por 153 votos a 106. Nobre, que também é advogado e piloto de rali, assume já nesta quarta o comando do clube para um mandato de dois anos. Seu maior desafio é montar um time competitivo para levar o time de volta à Série A e fazer um papel decente na Copa Libertadores.
"A contratação de reforços, principalmente a vinda do Riquelme, serão conversadas", disse Nobre. "Vou conversar com o (Gilson) Kleina para nós avaliarmos melhor o elenco e ver os nomes que estão no mercado."
Nobre, o presidente mais jovem do Palmeiras desde 1932, já foi vice-presidente na gestão Affonso Della Monica, nos anos de 2007 e 2008 e tentou ser presidente na última eleição, mas acabou derrotado por Arnaldo Tirone. Pesa contra o novo presidente a herança de Arnaldo Tirone que deixa o clube, após dois anos, com uma dívida estimada em R$ 293 milhões.
Nobre terá um duro trabalho pela frente e sem ter muito para gastar. A expectativa é que o clube vá receber nesta temporada, R$ 148,5 milhões somando cotas de TV e patrocínios. O Conselho de Orientação e Fiscalização, o COF, alega que Arnaldo Tirone já antecipou R$ 88 milhões deste valor para pagar salários e demais custos do clube.
Apesar disto, os projetos de Nobre são ambiciosos. Sua principal promessa é profissionalizar o futebol contratando um manager no mercado nacional. José Carlos Brunoro, gerente do Audax, clube do Grupo Pão de Açúcar, é nome forte para ocupar o cargo.
Brunoro, palmeirense de carteirinha, trabalhou no clube entre 1993 e 1996, contratado pela Parmalat, quando o Palmeiras foi bicampeão paulista e brasileiro com um supertime. Atualmente, também é dirigente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Nobre também promete uma reformulação no marketing do Palmeiras apostando no sócio-torcedor para aumentar as receitas do clube.
O novo comandante do clube, apoiado pelos ex-presidentes Mustafá Contursi e Carlos Fachina Nunes, também teve ampla vitória na eleições dos vices, emplacando quatro vices: Mauricio Precivalle Galiotte (que venceu Salvador Hugo Palaia), Genaro Marinho, Antonino Jesse Ribeiro e Victor Fruges.
O presidente eleito não terá vida fácil nos próximos dois anos. A contratação de reforços, uma das reivindicações da torcida, esbarra na falta de recursos financeiros. Mesmo assim, Nobre terá de resolver algumas pendências mais emergenciais. A principal delas é Riquelme. O meia apalavrou sua transferência com Tirone, mas o acordo só será fechado se Nobre aprovar. Ele nunca mostrou disposição em contar com o argentino, mas antes de tomar uma decisão, vai conversar com o técnico Gilson Kleina.
O futuro do treinador também é uma incógnita. Pelo menos nos primeiros meses, ele fica, mas Nobre pode ir atrás de um profissional mais conceituado no mercado. O meia Valdivia também pode representar um problema. Desde que voltou ao clube, em 2010, o jogador ainda não mostrou o futebol de sua primeira passagem e a tendência é que ele seja negociado no meio do ano.
Em relação a política, para não se ver cercado de oposicionistas, ter uma boa relação com o COF é fundamental. Tirone, por exemplo, teve um fim de mandato conturbado, com o Conselho fiscalizando suas contas.
Mas Nobre deve entrar para a história do clube positivamente. Ele será o responsável por comandar o clube na inauguração da Nova Arena, marcada para o segundo semestre, e ainda será o presidente no centenário do clube, em 2014.
Via Estadão
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