Representando o maior evento esportivo do mundo, tocha olímpica percorre 40 km com 156 revezadores

A tocha foi carregada por um indígena (Reprodução)

Símbolo do ritual que remete aos Jogos Olímpicos iniciados na Grécia Antiga, a tocha olímpica percorreu ontem (25), 40 quilômetros na Capital sul-mato-grossense. Os Jogos 2016 que serão realizados a partir do mês de agosto no Rio de Janeiro, é o maior evento esportivo do mundo e símbolo de paz e união entre os povos.

“O fogo olímpico é muito importante porque simboliza a paz e a união, e o esporte agrega as pessoas, a amizade entre elas. Além disso, nesse momento Mato Grosso do Sul está sendo inserido dentro dos Jogos Olímpicos e estamos torcendo para que seja um evento belíssimo e que mostre para o mundo o que é o Brasil e o seu povo. A passagem da Chama além de nos emocionar, faz propaganda do nosso Estado para todo o mundo”, disse o secretário de Estado de Administração, Carlos Alberto de Assis, que acompanhou o percurso da tocha em Campo Grande.

O revezamento teve início às 13h20, partiu da Base Aérea e a primeira a conduzir a tocha foi a personal trainner e gestora de projetos sociais, Sabrina Basíllio, que considerou o momento histórico. “É um momento que vou levar para o resto da minha vida, não tenho palavras para descrever”.

Os 40 quilômetros percorridos pela tocha passaram pela avenida Duque de Caxias, rua dos Andradas, avenida Júlio de Castilhos, rua Cândido Mariano, rua Alan Kardec, rua João Rosa Pires, Praça das Araras, avenida Duque de Caxias, avenida Afonso Pena, rua 13 de Maio, rua 15 de Novembro, avenida Calógeras, avenida Costa e Silva e o campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A partir do Campus, a chama percorreu o trajeto de ônibus, partindo da rua Spipe Calarge, avenida Eduardo Eliaz Zahran, rua Rui Barbosa, rua Dr. Aníbal, rua 14 de Julho, avenida Mato Grosso, Pedro Celestino, rua Maracaju, rua 13 de Maio, rua Barão do Rio Branco, rua Arthur Jorge, prefeitura de Campo Grande, avenida Afonso Pena, rua Bahia, avenida Mato Grosso, rua Ceará, rua Euclides da Cunha, Rio Grande do Sul, Afonso Pena, culminando no Parque das Nações Indígenas.

Segundo a organização da logística do evento ao todo foram 156 condutores, entre eles João Otávio Leal, estudante do ensino médio, do município de Paranaíba, que percorreu o trecho da rua Saldanha Marinho. Segundo Sânia Leal, mãe de João, ele venceu um concurso promovido por uma indústria automobilística. “Ele tirou o primeiro lugar na redação que aconteceu no Brasil inteiro e não medimos esforços para trazê-lo para cá hoje e fazer parte desse momento que tanto nos orgulha. Apesar do momento que atravessamos na economia e na política, não podemos deixar a `peteca cair`. Temos que continuar acreditando no nosso País, prosseguir com nossa autoestima. O fato de estarmos atravessando este momento, não significa que não devemos participar e engradecer a Olimpíada, que é um momento único”.

João Otávio demonstrou sua satisfação em representar seu Estado e sua cidade durante a condução da tocha. “Estou muito feliz e gostaria muito de ver um jogo, mas isso não será possível, terei que me contentar em ver pela tv. Mas só de ter essa oportunidade foi fantástico. Sempre gostei de esportes e pratico desde os 5 anos”. Sobre o tema da redação, João foi sucinto. “Contei a minha trajetória no esporte e o quanto é importante para mim”.

O ápice do percurso da Chama Olímpica aconteceu no Parque das Nações Indígenas, por volta das 19h15, onde o índio, estudante de medicina veterinária, Vanilson Farias Francisco, realizou o trajeto em uma canoa. Em seguida, a tocha foi entregue ao atleta José Luís Barbosa, campeão mundial indoor dos 800 metros rasos nos Estados Unidos e medalha de prata mundial de pista coberta na Hungria. `Zequinha Barbosa`, como é conhecido o atleta, acendeu a pira olímpica, ás 19h27, sendo o último condutor da tocha na Capital.

Ás 19h31 a Chama foi apagada, mas o espírito de união e paz ficaram como legado.

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