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Serena bate irmã, é hepta na Austrália e vira a maior campeã de Grand Slams

28 janeiro 2017 - 11h54G1

Por influência dos pais, Serena e Venus Williams sonhavam em ser jogadoras de tênis desde crianças. O pai imaginava uma final de Grand Slam em família. Mas elas foram além. As americanas revolucionaram o tênis e conquistaram juntas 30 Slams, sendo 23 para a caçula e outros sete para Venus. Após quase 20 anos de rivalidade, elas voltaram a decidir um título pelo Aberto da Austrália, depois de 14 anos, em uma reedição da final de 2003. Venus, de 36 anos, vinha de uma incrível recuperação e buscava o troféu inédito após anos de batalha contra lesões e uma síndrome que afeta o nível de energia. Serena, porém, soube manter a calma e conquistar não só o sétimo título do torneio como se tornar a maior campeã em Grand Slams na era profissional da modalidade, consagrando seu retorno ao posto de número 1 do mundo.

Em um jogo nervoso e marcado pelo equilíbrio, a caçula levou a melhor em sets diretos, com um duplo 6/4 a 6/4, para fechar uma campanha perfeita, neste sábado, em Melbourne. Após conquistar pela 23ª vez um Grand Slam, Serena se isolou como a maior vencedora de Slams na era profissional do tênis, superando a alemã Steffi Graf, com 22, e também alcançou o maior número de vitórias entre homens e mulheres: 316. De quebra, a americana ainda ultrapassou a alemã Angelique Kerber no ranking da WTA e ficou a um título de igualar os 24 títulos da era amadora da australiana Margaret Court.

No fim, um abraço longo e emocionado para fechar o jogo histórico. Quem diria que as duas, aos 35 e 36 anos, estariam juntas novamente em uma decisão de um Grand Slam, a mais velha do circuito na Era Aberta. Serena lidera o retrospecto de confrontos contra Venus, por 17 a 11, e ampliou a sua vantagem contra a irmã em finais: 9 a 3, sendo 7 a 2 em decisões de Slams. Na última final em família, no WTA Finals de 2009, Serena também levou a melhor.

- Ela é a única razão para eu estar aqui, razão da existência das irmãs Williams, a minha maior inspiração para eu jogar, a razão pela qual eu estou aqui e de eu ter vencido 23 Grand Slams. Ela é a melhor pessoa do mundo. Eu não gosto da palavra retorno para ela, no ano que vem, ela estará aqui novamente. A vida não seria possível sem a minha família. Estou tentando seguir adiante, não consegui vencer no ano passado e estou muito feliz por ter conquistado o título em um torneio tão difícil - disse Serena, em referência ao vice-campeonato na Austrália, no ano passando, após perder para a alemã Angelique Kerber.

Este foi o 13º Slam de Serena na quadra dura. O seu primeiro Slam foi em 1999, o US Open, há 17 anos. Serena tornou-se também a tenista mais velha a conquistar um Grand Slam e, com o prêmio de US$ 2,8 milhões pelo título (o equivalente a R$ 8,8 milhões), ela alcançou a marca de US$ 84,5 milhões na carreira (R$ 266,9 milhões), ficando atrás apenas do sérvio Novak Djokovic (US$ 107 milhões, o mesmo que R$ 338 milhões) e do suíço Federer (US$ 98 milhões, ou R$ 309 milhões). Venus, por sua vez, levou para casa a quantia de US$ 1,4 milhão (R$ 4,4 milhões) pelo segundo vice e vai saltar da 17ª para a 11ª posição no ranking na próxima segunda-feira.

Serena encarou uma chave difícil. Após passar por Belinda Bencic na estreia, derrotou a tcheca Lucie Safarova, passou pela americana Nicole Gibbs, a tcheca Barbora Strycova e a alemã Johanna Konta nas quartas de final. Na semifinal, deu fim no conto de fadas da croata Mirjana Lucic-Baroni e garantiu a vaga na final contra Venus na Austrália depois de mais de uma década.

O jogo começou nervoso na Rod Laver Arena, com uma sequência de erros e quatro quebras para ambos os lados. Pressionada e com dificuldades para confirmar o serviço, Serena quebrou uma raquete após errar uma bola no fundo e cometeu três duplas faltas, mas, aos poucos, se recompôs. Mais agressiva, a caçula conseguiu uma nova quebra no sétimo game (4/3), resistiu à irmã e fez o dever de casa ao confirmar os seus serviço para fechar a parcial em 6/4. 

O equilíbrio continuou a dar o tom no segundo set. Venus, que cometia erros bobos, reagiu e elevou o nível de jogo no início. A disputa era parelha, e o público mostrava apoio pela mais velha, querendo ver jogo em Melbourne. Venus encaixou melhor o saque e passou a impor mais dificuldades à irmã, que passou a correr de um lado ao outro da quadra, sem demonstrar sinais de cansaço. Com grandes devoluções no sétimo game, Serena conseguiu a quebra em um momento decisivo. 

O caminho para o heptacampeonato estava mais curto. A mais nova manteve a segurança, sacou muito bem e chegou a mais um 6/4, após um erro não-forçado de backhand de Venus no último lance. Apesar do nervosismo inicial e das cinco duplas-faltas, Serena terminou a partida com 27 winners, 10 aces e 23 erros não-forçados contra 25 da irmã. No total de pontos, uma ligeira vantagem para a caçula: 69 a 59. Um vitória contundente para coroar uma campanha sem perder nenhum set na Austrália, algo que não ocorria desde 2008, com a russa Maria Sharapova.

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