A primavera, estação das flores, começa no final de setembro e vai até meados de dezembro, e com ela, existe um aumento comum nos casos de conjuntivite alérgica por conta do pólen das plantas, que estão se reproduzindo.
O pólen é uma pequena substância, produzida pelas plantas e flores, que é dispersa pelo ar e que com o auxílio do vento, atinge pessoas geneticamente predispostas.
A Dra. Renata Rabelo Ferretti, oftalmologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, disse que o tempo seco e a variação de temperatura, favorecem a suspensão de pequenas partículas no ar, e esses são alguns fatores que contribuem para esse quadro alérgico.
A oftalmologista esclareceu o processo que acontece na natureza. “Durante a primavera, o pólen é levado de uma planta para outra por insetos ou pelo vento, o que pode ocasionar a entrada desses grãos pelas vias nasais ou pelos olhos, através do contato da vista [ainda que de forma indireta, ao coçar os olhos, por exemplo] com substâncias que despertam quadros alérgicos em determinados indivíduos”.
A especialista explicou que a conjuntivite é definida como uma inflamação da conjuntiva, membrana transparente e vascularizada na parte branca dos olhos e complementou evidenciando os tipos que existem “Os principais tipos de conjuntivite são viral, bacteriana e alérgica, sendo a última pontual e mais comum nesta época do ano. Entretanto, geralmente mais simples de ser combatida”.
Os sintomas da conjuntivite são vermelhidão e lacrimejamento dos olhos. Em alguns casos, também podem ocorrer inchaço nas pálpebras, intolerância à luz e visão embaçada.
O tratamento envolve soro fisiológico e colírios, e poder levar de 7 a 20 dias, dependendo da gravidade.
Confira algumas dicas da especialista para não desenvolver conjuntivite alérgica durante a Primavera:
- Realizar a limpeza dos olhos e do nariz com soro fisiológico para hidratar;
- Evitar coçar os olhos;
- Evitar frequentar jardins ou locais com muito vento;
- Lavar as mãos com frequência, uma vez que elas são agentes transmissores de vírus e bactérias;
- Deixar as janelas de casa e do carro fechadas no início da manhã e no fim da tarde;
- Trocar com mais frequência as toalhas de rosto, lençóis e fronhas.
Em caso de acometimento ocular, deve-se procurar um especialista, que poderá orientar os exames necessários para diagnóstico e tratamento adequado.