Após seis anos de espera por justiça, os familiares de Wesner Moreira da Silva, morto após agressão com mangueira de alta pressão, finalmente viram os acusados, Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena, serem considerados culpados pela morte do rapaz. Por Júri Popular, depois de mais de 10 horas de julgamento, foi definida sentença de 12 anos de prisão em regime frechado. A defesa optou por recorrer e com isso eles responderão em liberdade o recuso.
A decisão trouxe um senso de justiça para a família do jovem, principalmente para Marisilva Moreira da Silva, mãe de Wesner, que afirmou ao JD1 que a Justiça foi feita. “Meu luto virou luta. A Justiça foi feita graças a Deus. Estou chorando de felicidade. Essa vitória não é minha, é por nós. Mas não terei meu filho de volta".
Durante o julgamento, o perito criminal Marco Antônio Araújo Mello, arrolado para depor no plenário como testemunha, afirmou que a pressão exercida pela mangueira foi de 90 psi de pressão, o que significa 45 quilos de pressão de ar entrando no corpo, o que ocasionou a ruptura de vários órgãos da vítima, que pesava apenas 45 kg.
“O resultado final da força do ar foi o que matou Wesner. A lesão resultou em deslocamento de ar em alta velocidade, causando uma barotrauma [tipo de lesão ocasionada pela mudança drástica de pressão no corpo da pessoa]”, afirmou.
Apesar do depoimento inicial da vítima, exames preliminares apontaram que não houve a introdução da mangueira no ânus. No entanto, a bermuda usada por Wesner no dia do ocorrido tinha uma fissura, o que facilitou ainda mais a entrada do ar pelo corpo do adolescente.
Conforme denúncia do Ministério Público, a dupla foi julgada por homicídio com dolo eventual por causa do risco de morte, já que os acusados sabiam da força obtida na mangueira de compressor utilizada.
Após sentença, Thiago e William devem cumprir a pena em regime fechado, em Campo Grande. Confira:
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Julgamento (Foto: Brenda Leitte)



