O Congresso Nacional aprovou ontem (1°), por unanimidade o Projeto de Lei PL 1087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para contribuintes com rendimento de até R$ 5 mil. A medida também prevê benefícios progressivos para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7,5 mil.
Defendido pelo deputado Beto Pereira (PSDB), o projeto corrige uma defasagem histórica da tabela de tributação, desatualizada em relação à inflação, que tem afetado diretamente o orçamento das famílias brasileiras.
Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824. Com a nova legislação, que entra em vigor em 2026, cerca de 236 mil trabalhadores de Mato Grosso do Sul deixarão de pagar o imposto ou terão redução significativa em suas contribuições. Segundo estimativas do governo federal e da Receita Federal, 162,9 mil sul-mato-grossenses que recebem até R$ 5 mil mensais serão diretamente beneficiados pela mudança.
Segundo Beto Pereira, “essa mudança é justiça social e dá mais dignidade para quem trabalha duro. Mais comida no prato e menos imposto”. Ele exemplifica que um motorista com salário de R$ 3.650,66 deixará de pagar R$ 1.058,71 por ano em impostos; já um professor com renda de R$ 4.867,77 poderá economizar até R$ 3.970,18 anualmente. “Isso pesa ainda na vida de quem luta para fechar as contas no final do mês. Agora, com a nova regra, esse dinheiro vai ficar nos bolsos das pessoas, circulando na nossa economia”, completa o deputado.
Outros parlamentares da bancada sul-mato-grossense também se manifestaram. “Estive junto e votei a favor do projeto de lei que garante essa isenção, porque acredito que o dinheiro do trabalhador tem que ficar no bolso dele e da sua família. É mais justiça, mais dignidade e mais alívio para milhões de brasileiros que acordam cedo todos os dias para sustentar o país”, escreveu Dagoberto Nogueira (PSDB).
Já o deputado Vander Loubet (PT) destacou o foco da proposta na justiça fiscal. “Mais dinheiro no bolso para milhões de brasileiros. Quem vai pagar essa conta não é o trabalhador que rala pra receber salário o mês inteiro, nem a classe média que conta cada centavo. Essa mudança atinge menos de 1% dos que declaram Imposto de Renda quem ganha mais de R$ 600 mil por ano, os bancos, as bets, as casas de apostas que arrecadam uma fortuna”.
Para compensar o impacto fiscal, o governo implementará uma tributação mínima sobre pessoas físicas com rendimentos superiores a R$ 50 mil mensais. A medida busca manter o equilíbrio fiscal e garantir a sustentabilidade da proposta. Com aprovação unânime na Câmara, o projeto segue agora para votação no Senado. Caso aprovado, será encaminhado à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


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Deputados da bancada federal de Mato Grosso do Sul (Reprodução)



