Quem tentou sair de casa e condomínios nas primeiras horas da manhã desta terça (10), ficou no mínimo curioso. A Polícia Federal começou hoje a segunda fase da Operação Lama Asfáltica, denominada “Fazendas de Lama” fechando prédios e ruas de Campo Grande.
Nesta fase, após análise do material apreendido na Operação Lama Asfáltica, Relatórios da Receita Federal e novas fiscalizações realizadas pela CGU apontam para possível prática de crimes de lavagem de dinheiro, inclusive decorrentes de desvio de recursos públicos federais e provenientes de corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação dos valores desviados, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie.
A ação em conjunto com a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram a ação com o objetivo de desarticular organização suspeita de lavagem de dinheiro de fraudes em licitações no Estado do Mato Grosso do Sul. O grupo investigado atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.
Estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária, além de 24 mandados de sequestro de bens de investigados. Participam das ações 44 servidores da Receita Federal, 201 policiais federais e 28 servidores da Controladoria-Geral da União. As medidas estão sendo cumpridas nos municípios de Campo Grande e Rio Negro (MS), Curitiba e Maringá (PR), e Presidente Prudente e Tanabi (SP).
Os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande/MS, assim como o material decorrente do cumprimento dos mandados de buscas e apreensão.
O titular da Delegacia da Receita Federal em Campo Grande participará de entrevista coletiva às 10h no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal em Campo Grande, sito à rua Fernando Luis Fernandes 322, Vila Sobrinho, quando serão apresentados os resultados parciais da operação.
Durante a primeira fase, cujas investigações se iniciaram em 2013, foi constatada a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, desviavam recursos públicos a partir de superfaturamento de obras contratadas pela administração pública e de corrupção de servidores públicos e fraudes em licitações. O nome da operação faz referência à aquisição, pelos investigados, de propriedades rurais com os recursos desviados.
:
::
Reportar Erro
Deixe seu Comentário
Leia Também

Roberto Carlos sofre acidente durante gravação de especial da Globo

Ninguém acerta e prêmio da Mega-Sena sobe para R$ 51 milhões

Natal chega aos corredores do Humap com visita do Papai Noel

Sesc Teatro Prosa promove programação infantil gratuita nas férias

Governo lança sistema que permite autoexclusão em sites de apostas

Corretor briga na Justiça por comissão em venda de fazenda de R$ 9 milhões em Cassilândia

"Iminente colapso", diz Defensoria em alerta sobre a saúde pública de Campo Grande

Casal que se dizia da Caixa é condenado por golpe que causou prejuízo de R$ 15 mi em MS

Em 2026, Justiça Estadual terá mais de 30 dias sem expediente; veja o calendário


CGU, Polícia Federal e Receita Federal cumprem mandatos (CGU)



