Menu
Busca sexta, 02 de junho de 2023
(67) 99647-9098
Geral

IV Mostra Sustentável: livro apresenta hábitos de consumo do campo-grandense

07 junho 2012 - 10h13Denilson Secreta

Como parte da programação de abertura da IV Mostra de Soluções Sustentáveis - maior evento de meio ambiente promovido pela Prefeitura da Capital -, foi lançado o livro “A pegada ecológica de Campo Grande e a família de pegadas”. Coordenada pela WWF-Brasil, a pegada é uma metodologia utilizada para medir os “rastros” que nós deixamos no planeta, a partir de nossos hábitos de consumo. A cidade foi pioneira neste trabalho.

A Pegada ecológica de um país, estado, cidade ou pessoa corresponde ao tamanho das áreas produtivas terrestres e marinhas necessárias para produzir e sustentar determinado estilo de vida. É uma forma de traduzir, em hectares, a extensão do território que uma pessoa ou população de uma cidade, estado ou país utiliza, em média, para sustentar suas formas de alimentação, moradia, locomoção, lazer, consumo, entre outros. A metodologia está sendo aplicada em várias cidades do mundo. No Brasil, Campo Grande foi o primeiro município a adotar o cálculo.

A escolha
Entre os fatores que contribuírem para escolha de Campo Grande para fazer a pesquisa sobre a pegada está o fato de ser a capital do Estado brasileiro que abriga a maior parte do Pantanal, uma região de extrema importância pela sua enorme riqueza ambiental, mas também ameaçada pela degradação que o consumo exagerado vem causando. Embora Campo Grande esteja na borda do Pantanal e não dentro dele, os impactos causados pelas escolhas de consumo dos moradores da cidade, assim como de outras partes do Brasil e do mundo, têm reflexos sobre ele.

De acordo com os coordenadores da pesquisa, a capital de Mato Grosso do Sul apresentou condições ideais para a realização deste trabalho por possuir um perfil parecido com o de outras cidades brasileiras, nas quais é possível direcionar o planejamento urbano. Eles acreditam que a experiência pode servir de modelo para outras prefeituras que também tenham interesse em desenvolver a metodologia, ampliando esse trabalho para uma escala maior, em âmbito regional ou nacional.

“Mas o mais importante foi o interesse e disposição da Prefeitura de Campo Grande, no estabelecimento dessa parceria, sem a qual não poderíamos realizar esse trabalho”, destacam Michael Becker e Maria Cecília Wey de Britto, respectivamente coordenador do Programa Cerrado-Pantanal do WWF-Brasil e secretária-geral do WWF-Brasil. Os ambientalistas também consideraram fundamental o apoio do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Universidade Anhanguera-Uniderp, que forneceu dados atualizados da Pesquisa de Orçamento Familiar.

Na apresentação do livro, Michael e Maria Cecília destacam que o cálculo da pegada não tem como objetivo fazer um retrato negativo da cidade. “Nossa intenção é oferecer uma ferramenta para melhorar a gestão pública, mobilizar a população a rever seus hábitos de consumo e escolher produtos mais sustentáveis, bem como dialogar com o empresariado, estimulando as empresas a melhorarem suas cadeias produtivas. Não restam dúvidas de que, em longo prazo, é necessário diminuir o consumo de recursos naturais”, destacam os ambientalistas.

O desafio
Por parte da Prefeitura de Campo Grande, foi a crença no potencial da metodologia, principalmente no planejamento urbano da cidade e na gestão pública, que a levou, junto com o WWF-Brasil, a assumir o desafio de ser a primeira cidade brasileira a ter esse cálculo. “Acreditamos que ao fazer este diagnóstico temos a oportunidade de medir os impactos causados pela pressão do consumo humano sobre os recursos naturais e planejar, em tempo, ações ambientais que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos campo-grandenses”, argumenta o prefeito Nelson Trad Filho sobre a participação da cidade na pesquisa.

A maior parte da Pegada Ecológica da população de Campo Grande está associada à alimentação e serviços, especialmente restaurantes, o que reflete os hábitos alimentares do campo-grandense. O morador da cidade gasta 13% a mais em carnes do que o brasileiro em geral, configurando-se como um dos maiores consumidores do mundo, com quase 90 kg per capita por ano, mais do que o dobro da média mundial. Contudo, a análise dos dados relativos à Pegada Ecológica só faz sentido se for considerado o contexto cultural e socioeconômico buscando, desta forma, caminhos sustentáveis para a utilização de recursos naturais renováveis.

Distribuição
O livro “Pegada Ecológica de Campo Grande e as famílias de pegadas” está sendo distribuído na IV Mostra de Soluções Sustentáveis. A publicação também será distribuído em todas as escolas e, nacionalmente, será lançada durante a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a ser realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro.

Via CG Notícias

Deixe seu Comentário

Leia Também

Geral
Julião Gaúna assume Associação Brasileira da Indústria Gráfica
Geral
Salário dos servidores municipais estará disponível na próxima terça-feira
Geral
Manoel Gomes, o "Caneta Azul", ao vivo no JD1, domingo às 10h
Geral
Energisa conquista 1º lugar em premiação regional do Centro-Oeste
Geral
Oito pessoas ficam feridas após ataque de casal de pit-bulls
Geral
Brechós agregam vintage e podem substituir alta-costura com looks de inverno
Geral
Tiktokers "presenteiam" crianças negras com bananas e macacos de pelúcia; vídeo
Geral
Hospital Regional terá horário de visitas ampliado a partir de 1º de junho
Geral
Divulgada pontuação dos candidatos em processo seletivo para monitor de alunos
Geral
De forma inesperada, pai foi impedido de registrar filha em cartório por ser cego

Mais Lidas

Polícia
Agiota é morto a tiros enquanto chegava em casa
Política
Filiação de Adriane no PP reúne 'pesos pesados' da política
Brasil
JD1TV: Adolescente morre após cair de cachoeira durante brincadeira com os amigos
Internacional
JD1TV: Jovem é esmagada por caminhão durante o serviço