“Eu não entendo até hoje”, mãe de Messias Cordeiro da Silva, de 25 anos, acusado do feminicídio de Karolina Silva Pereira, de 22 anos e homicídio do colega de trabalho dela, Luan Roberto de Oliveira, de 24 anos, em abril deste ano.
Hoje (30), acontece a segunda Audiência de Instrução e Julgamento, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, onde Messias, ainda encara as testemunhas de acusação nesta etapa.
No saguão do Fórum, sua mãe, Claudineia Cordeiro, comentou que a não aceitação do relacionamento de Messias e Karolina, pela mãe da jovem, teria ‘agravado’ a mente e o coração do rapaz. “Infelizmente a mãe dela não aceitava o relacionamento deles. Chamava ele de pobre. Ele tava desempregado e ficava falando coisas que foi agravando a mente e o coração do meu filho. E chegou o ponto que chegou”.
Ao falar do filho, Claudineia disse que o rapaz era um menino carinho, amoroso e simpático.
“Ele era o protetor dos irmãos, meu protetor. Me defendia em brigas domésticas com o pai dele. Defendia os irmãos. Talvez isso pode ter sobrecarregado também a vida dele ao longo do tempo e a gente não percebeu”, comentou.
Ainda segundo a mulher, Messias teria ficado abalado emocionalmente após o tempo que serviu ao Exército Brasileiro. Apresentando um forte desequilíbrio emocional, o rapaz teria inclusive tentado tirar a própria vida.
Noite do crime – Dizendo ter sido pega de surpresa por tudo que aconteceu, Claudineia contou à imprensa que Messias contou ter perdido a cabeça ao ver Karoline beijando Luan.
“Ele falou: ‘mãe, fiz merda. Matei a Karol e atirei no cara que ela tava beijando. Na hora que eu vi eles se beijando, eu fiquei cego, perdi a noção do tempo. Eu não sei o que passou na minha cabeça’. Ele falava em desespero, tanto que me ligou andando na rua”, relata.
A pedido da mãe, Messias foi para a casa dela, onde chegou completamente transtornado. Após isso, ele recebeu apoio dos pais para tentar fugir.
Crime – Karolina e Luan chegavam em casa na madrugada de 30 abril, cada um em uma moto diferente, quando foram pegos de surpresa pelo ex-namorado da jovem.
O autor do crime então realizou disparos na direção dos dois, atingindo Luan, que morreu no local, no peito, e Karolina no pescoço e cabeça.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Juiz manda estudante a júri popular e marca data de julgamento por morte de corredora

Sargento da PMMS é condenado por não atender ocorrência de perturbação do sossego

Promotora quer júri popular para homem que matou três pessoas queimadas na Capital

MP investiga lei de 2012 que deu nome de professora viva a escola em Itaquiraí

Riedel sanciona lei que assegura proteção a beneficiários com TEA em planos de saúde

MP recomenda criação de comitê e plano de proteção à infância em Aquidauana

Morre aos 72 anos o pastor Gilson Breder, da Primeira Igreja Batista de Campo Grande

Relação amorosa simulada com fins financeiros configura estelionato, define STJ

Por descontos indevidos, Unsbras é condenada a indenizar pensionista em R$ 8 mil em MS
