Menu
Menu
Busca sábado, 06 de dezembro de 2025
CCR Vias - Movida - Nov-Dez25
Justiça

Parecer de Aras a favor de índios "não é relevante", diz advogada

Luana Ruiz participou de julgamento no STF sobre demarcação de terras

03 setembro 2021 - 10h10Marcos Tenório    atualizado em 03/09/2021 às 10h48

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a julgar a questão do marco temporal em terras indígenas, nesta quinta-feira (2). Após a finalização das sustentações orais o Procurador Geral da República (PGR) Augusto Aras se manifestou sobre a questão.

A Procuradoria se posicionou contra o marco temporal; ou seja, para o órgão, não é correta a tese de que os indígenas só podem ter as terras demarcadas se comprovado que a ocupavam antes da promulgação da Constituição (5 de outubro de 1988).

"Este procurador-Geral manifesta concordância com o afastamento do marco temporal, quando se verifica, de maneira evidente, que já houve apossamento ilícito da terra dos índios". Assim afirmou o PGR Augusto Aras na tarde desta quinta (2).

As terras indígenas estão intrinsecamente ligadas à proteção do meio ambiente, já que a cuidar da terra faz parte da tradição dos povos originários. "A terra, para os índios, é sagrada", disse Aras. 

Mas, a advogada advogada Luana Ruiz Silva de Figueiredo, conhecida por atuar na Justiça contra invasões de terra, participou do julgamento e fez uma sustentação oral, ela diz ainda que apesar de Aras se posicionar contra o 'marco temporal' ele deixou o processo demarcatório como um ato de menor relevância.

"Importante observar que o PGF, apesar de se posicionar a favor dos Xokleng, é destacando o ponto mais espinhoso do Parecer quanto ao reconhecimento de um direito pré existente, deixando o processo demarcatório como ato administrativo de menor relevância por sua natureza meramente Declaratória, o que desestabiliza a ordem face a uma aparente roupagem de Legitimidade das invasões, o Parecer foi muito menos radical que o Voto do Relator Fachin apresentado quando o RE estava na pauta virtual", disse a advogada Luana Ruiz.

Além disso, a advogada pontuou que somente à vista dos documentos, laudos antropológicos e demais elementos de prova, será possível afirmar, de maneira segura, se uma dada terra foi ocupada tradicionalmente pelos índios.

Reportar Erro
Energisa Nov-Dez 25

Deixe seu Comentário

Leia Também

Urna eletrônica
Justiça
TSE encerra teste público de segurança das urnas eletrônicas
Caso Marielle caminha para sua resolução
Justiça
STF marca julgamento sobre morte de Marielle Franco e Anderson Gomes
Letícia foi atingida pelo ônibus a caminho da universidade
Justiça
TJMS nega liminar para soltura de motorista que atropelou e matou jovem em Coxim
Advogados devem peticionar novos processos previdenciários pelo eproc em 10 cidades de MS
Justiça
Advogados devem peticionar novos processos previdenciários pelo eproc em 10 cidades de MS
Adriane Lopes -
Saúde
Adriane tenta suspender promoção de médicos alegando crise, mas desembargador nega
Filho e pai -
Justiça
Justiça absolve acusado de matar o pai a facadas e aplica internação por tempo indeterminado
A prisão foi efetuada pela Força Tática da 11ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar)
Polícia
Foragidos da Justiça, envolvidos em roubo, são capturados pela PM na região norte
OAB/MS tem liminar suspensa pela Justiça Federal no caso do golpe do falso advogado
Justiça
OAB/MS tem liminar suspensa pela Justiça Federal no caso do golpe do falso advogado
Deputado federal Chiquinho Brazão, preso desde março sob a suspeita de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco
Justiça
Moraes pede data para julgar réus pelo assassinato de Marielle Franco
Deusa da Justiça, monumento no fórum de Campo Grande -
Justiça
Fabricante de bicicleta elétrica terá que indenizar consumidor em mais de R$ 25 mil após acidente

Mais Lidas

Dupla foi presa em flagrante pelo homicídio
Polícia
Mulher foi assassinada na BR-262 pela prima após descobrir drogas em guarda-roupa
Imagem ilustrativa
Polícia
Mulher é presa por cortar virilha do filho de 6 anos para evitar abuso
Mária de Fátima, morta pela prima e jogada na BR-262, em Campo Grande
Polícia
Morta pela prima, mulher se refugiava na Capital após fugir de violência doméstica em MG
Divulgado lista de inscritos para apartamentos no Jardim Antártica
Cidade
Divulgado lista de inscritos para apartamentos no Jardim Antártica