O advogado Márcio Sandim, que está representando o secretário adjunto da educação de Mato Grosso do Sul Édio Antônio Resende de Castro Bloch, preso nas primeiras horas da manhã durante a Turn Off deflagrada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), disse ao JD1 que o grupo acaba ‘banalizando’ a prisão preventiva dos investigados.
Conforme Sandim, que acompanhou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, além do mando de prisão, em desfavor de seu cliente, muitas vezes os pedidos são deferidos pelo judiciário sem provas ‘robustas’.
“Todavia, respeitamos o trabalho do GAECO, mas muitas vezes banaliza a prisão preventiva, sem necessidade e sem qualquer prova mais robusta. Pede a prisão e o judiciário ainda defere. Infelizmente vivemos essa banalização de prisões preventivas”, declarou ele ao JD1.
Alegando não ter tido acesso ao processo até o momento, Sandim informou que Édio colaborou desde o primeiro momento com a operação, pois ele estaria tranquilo já que não tem ‘nada a dever’.
Durante o cumprimento dos mandados, alguns documentos foram apreendidos para averiguação. O celular do investigado também foi apreendido pelos policiais. Apesar disso, nada de ilícito foi encontrado na residência de Édio.
Operação – Nesta quarta-feira (29), foi deflagrada em apoio às 29ª e 31ª Promotorias de Justiça de Campo Grande, que atuam na área do Patrimônio Público e Social.
De acordo com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, a Operação Turn Off, cumpre de 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.
Das cinco pessoas que foram encaminhas a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, três foram identificadas como sendo Edio Antonio Resende de Castro, secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Educação, Simone Ramires, que seria responsável pelas licitações na SAD-MS (Secretaria de Estado de Administração) e Thiago Haruo Mishima, que foi assessor direto da gestão passada.