Agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul querem a regulamentação da profissão de policial penal desde agosto de 2021 quando foi entregue ao Governo a minuta de uma lei e a promessa de que a medida seria colocada em prática.
Ainda no ano passado, o sindicato da categoria pediu apoio dos deputados estaduais e conseguiu a aprovação da inclusão da Polícia Penal na Constituição de Mato Grosso do Sul através da Emenda Constitucional Nº 88, de 08 de dezembro de 2021.
Um policial penal, que prefere não se identificar, revelou ao JD1 Notícias que a espera para aprovação da regulamentação vai até amanhã, caso contrário, a categoria fará uma paralisação.
“Os riscos são imensos, lidamos com vários tipos de detentos, merecemos ser reconhecidos. Sem falar nas atribuições que são enormes”, disse um policial penal ao JD1 Notícias.
Além disso, o policial penal lembra que todas as categorias tiveram reajuste salarial considerável neste ano, mas eles ficaram com o salário de R$ 3,7 mil. “Isso foi uma vergonha, por isso decidimos aumentar a pressão cobrando pelo menos esse aumento, mas até agora não recebemos resposta”, afirma o agente.
Outro ponto que os servidores ressaltam é o armamento. "Nosso armamento é todo usado. Colete [à prova de bala], se tem, ou estão vencidos ou estão usados", ressalta o policial à reportagem.
Os agentes penitenciários do Estado se reuniram em um grupo do Telegram a fim de pressionar o governador a cumprir a proposta feita ainda no ano passado. Na segunda-feira (14) a categoria teve uma reunião com o governo, mas rejeitaram a proposta.
“Queremos plano de carreira e salário novo, conforme foi apresentado ao governador no ano passado”, disse um dos policiais penais.
Como não teve acordo na reunião, o Governo pediu mais dois dias para nova proposta, que deve ser apresentada nesta sexta-feira (18).
Os servidores prometem mobilização e protestos nos próximos dias se o governador não cumprir o acordo do ano passado e já falam até em greve. “Se a proposta não for o que a gente espera, vamos cobrar do sindicato e vamos iniciar greve.”, afirmou um servidor.
Mato Grosso do Sul tem, pelo menos, dois mil policiais penais.
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