A Groen Engenharia, empresa investigada por fraude em processos licitatórios, peculato, apropriação e associação criminosa, teria recebido mais de R$ 106 milhões da prefeitura de Três Lagoas.
Por meio de nota a Controladoria-Geral da União (CGU), destacou os prejuízos financeiros causados a administração pública do município. Os trabalhos tiveram início a partir de informações recebida pela Polícia Federal, que solicitou ajuda da Controladoria Regional da União no Estado de Mato Grosso do Sul, para que fosse feita uma auditoria nas contas da cidade.
Durante a verificação, foram identificadas irregularidades na adesão, à ata de registro de preços de órgão federal para serviços de engenharia. Sendo que, havia tido um “direcionamento indevido da contratação para uma determinada empresa (Groen Engenharia) em detrimento de outras opções mais vantajosas, resultando em prejuízos financeiros significativos”.
A investigação apontou que no período de 2017 a 2021, a empresa investigada recebeu pagamentos da Prefeitura de Três Lagoas que totalizaram R$ 106.699.051,00. Parte desses recursos tiveram como origem repasses federais para a área da saúde.
O JD1 tentou entrar em contato com a empresa, mas até a publicação desta matéria não teve resposta.
Em um dos escritórios da Groen Engenharia, localizado em um prédio na rua Luís Alexandre de Oliveira, conhecida como Via Park, região do Santa Fé, em Campo Grande, a reportagem apurou que policiais estavam desde as 6h da manhã cumprindo um dos 20 mandados de busca e apreensão. Eles sairam do local devendo documentos e notas, sem falar com a imprensa.
Por meio de nota, a Polícia Federal informou que a operação foi deflagrada por conta de 'fraudes em processos licitatórios, peculato, apropriação e associação criminosa'.
Foi identificada ainda a existência de empresas de fachada e empresas fantasmas, utilizadas para realizar transações financeiras entre os envolvidos.
Mandados – Hoje, estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, sendo sete em Campo Grande, cinco em Três Lagoas, seis em Coxim e um em Naviraí. O último mandato de busca e apreensão está sendo cumprido na sete da Groen Engenharia, em Santa Catarina.
Além disso, ainda conforme a nota da Polícia Federal, foram cumpridas uma medida cautelar de sequestro e bloqueio de bens de cada um dos indiciados no valor de R$ 23 milhões.
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