Uma médica de 44 anos foi alvo de difamação por parte do ex-companheiro após o homem imprimir mais de mil cartazes para fixar em postes próximos de hospitais de São Paulo, apresentando a pediatra como “a melhor opção de divertimento em redes sociais". A mulher morou com o ex durante sete anos e tem uma filha de quatro.
Os panfletos ofereciam programas sexuais e divulgavam nome, telefone, e-mail e o registro médico da vítima. "Foi uma violência psicológica que poderia ocasionar diversos problemas pessoais e profissionais”, disse a delegada responsável pelo caso, Thaís Marafanti, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, localizada em Santo Amaro.
“Muitas mulheres não sabem que isso se configura como violência e agressão”. Segundo ela, ao longo do depoimento, a médica se mostrou abalada em diversos momentos. “É um tipo de humilhação muito séria. Ela chorou pela vergonha em ser exposta”.
A médica soube do cartaz por meio de uma colega de trabalho que, no dia 23 de junho, ao sair do plantão, encontrou o panfleto fixado em um poste da avenida Angélica, no bairro da Consolação. Nos dias posteriores, segundo informações do boletim de ocorrência, foram encontrados panfletos semelhantes em pelo menos três outros endereços.
A médica começou, então, a receber diversas ligações de homens interessados em contratar o programa sexual apresentado nos cartazes. Diante da situação, ela ficou sabendo do ato difamatório por parte do ex-companheiro. O investigador de polícia da 6ª Delegacia da Defesa da Mulher, Júlio Borba, afirmou que funcionários de outros hospitais onde foram encontrados mais cartazes fizeram um mutirão para retirar os panfletos difamatórios.
“Mulheres entraram em contato com ela se solidarizando para retirar os anúncios”, disse. Na manhã da segunda-feira (15), as equipes de investigação da delegacia conseguiram localizar o homem responsável pela divulgação do material. No veículo utilizado por ele estavam diversos materiais para confecção de mais cartazes. Em depoimento à polícia, ele afirmou que teria tido um surto de raiva após ela ter terminado o relacionamento sem motivo.
Segundo a delegada Thaís Marafanti, a médica desconfiou que o responsável pelos cartazes seria o ex-marido após uma conversa entre ele e uma empregada doméstica que presta serviços à ela. Em uma conversa por telefone, ele perguntou pela patroa e, diante da negativa, se referiu a ex-companheira como “vadia” e “vagabunda”. Com isso, ela registrou boletim de ocorrência por difamação e solicitou uma medida protetiva.
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Polícia localizou autor a partir do material impresso no veículo (Divulgação Polícia Civil de São Paulo)




