Fabrício Buim Arena Belinato, de 36 anos, foi capturado na segunda-feira (8), em Campo Grande e transferido para Marília. Ele foi encontrado no momento em que trabalhava em uma obra do Jardim Macaúba, região sul da capital do Mato Grosso do Sul. Na delegacia de Marília (SP), o homem disse que "Só queria falar que eu me arrependo muito, só isso", a declaração aconteceu no final da noite da terça-feira (9), após ele ter sido levado de Campo Grande para o Estado vizinho, onde ocorreu o crime.
Cristiane Pedroso dos Santos Arena, de 34 anos, e a filha Karoline Vitória dos Santos Guimarães, de apenas 9 anos, estavam desaparecidas desde novembro do ano passado e foram achadas enterradas sob um contrapiso de concreto na casa onde moravam no último dia 2. Segundo o delegado Cláudio Anunciato Filho, o suspeito detalhou que matou a esposa primeiro em uma briga, em suposta legítima defesa, com um golpe de faca. Em seguida, admitiu que matou a menina asfixiada com a mão.
No dia em que os corpos foram encontrados, a Polícia Civil também apreendeu a filha de 16 anos da vítima por suspeita de participação no crime. Segundo o delegado Cláudio Anunciato Filho, ela indicou à polícia o local exato onde estava enterrado o corpo da irmã.
A principal linha de investigação da Polícia Civil é que a adolescente mantinha um envolvimento amoroso com o padrasto. Por isso, além do duplo homicídio e ocultação de cadáver, Fabrício é investigado por estupro de vulnerável pois teria abusado sexualmente da enteada mais velha há vários anos.
A adolescente negou participação no crime, mas a polícia acredita que ela deu cobertura ao padrasto e ajudou a enterrar os corpos. Segundo o delegado, ela continuou morando com o suspeito mesmo depois que a mãe e a irmã estavam mortas, enterradas no quintal de casa.
De acordo com o advogado e sociólogo Otávio Barduzzi, a Justiça considera estupro de vulnerável, independente de consentimento, quando um adulto se relaciona com um adolescente menor de 14 anos.
O suspeito passou a noite na Central de Polícia Judiciária (CPJ) e, a partir desta quarta-feira (10), fica à disposição da Polícia Civil paulista, tanto de Pompeia quanto de Marília, para esclarecer a investigação.
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