Arthur Torres Rodrigues Navarro, motorista da Porsche Cayenne S que atropelou e matou o entregador Hudson de Oliveira Ferreira, de 39 anos, em 24 de março, se apresentou na delegacia nesta sexta-feira (5).
A delegada Priscilla Anuta, titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, explicou que o inquérito policial teve início na terça-feira (2), e que ainda ontem (4) ocorreu a identificação do autor do crime, e que hoje foi feita a apreensão do veículo utilizado no crime.
Segundo a delegada, Arthur seguia em alta velocidade pela Antônio Maria Coelho quando atropelou Hudson, que havia terminado de realizar uma entrega e estava retornando à pista de rolamento.
Arthur fugiu do local sem prestar socorro. Um ponto levantado pela delegada foi a presença de um passageiro no carro do motorista, funcionário de sua empresa, que desceu do veículo pouco tempo depois e também não prestou socorro a Hudson.
Em depoimento, Arthur disse que estava correndo porque sua esposa, que está grávida, comentou que estava passando mal, e afirmou não ter visto que seu veículo se chocou contra o motociclista.
No entanto, no dia seguinte, o funcionário que estava em seu veículo contou a Arthur que algo provavelmente havia acontecido, já que ao voltar para a empresa viu Hudson caído na pista, mas optou por não prestar socorro ao motociclista. Aos policiais, Arthur afirmou que, ao verificar o veículo, notou somente uma "pequena avaria", mas achou que "não era nada grave".
Em dado momento após tomar conhecimento do acidente, Arthur escondeu a Porsche na região do Santa Fé, sendo apreendido pela polícia somente hoje. O veículo ainda passará por perícia.
A esposa de Hudson, que trabalhava ao lado dele, está abalada com a morte do marido. "É uma situação horrível para ela. Eles trabalharam juntos, ela da sede do restaurante e ele fazendo as entregas. Foi uma surpresa a notícia do acidente", comentou a delegada.
Defesa diz que culpa do acidente foi do motociclista - A defesa de Navarro apresentou a tese de que a culpa do acidente foi do motociclista, que fez uma conversão errada ao sair do hotel em que fazia a entrega e entrar na Antônio Maria Coelho.
Apesar dessa versão da defesa, Anuta afirmou que não existe a possibilidade que Hudson seja colocado como responsável pela própria morte.
Crimes - Arthur foi autuado pelos crimes de: Homicídio culposo, majorado pela omissão de socorro; evasão do local; e andar em velocidade superior em locais próximos a hospitais, que tem limite da via de 40km/h. Ele responderá ao processo em liberdade.
Além dele, o funcionário que estava no veículo será autuado por omissão de socorro, enquanto quem escondeu o veículo, que é familiar do autor, irá responder por favorecimento pessoal e favorecimento real.
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Porsche Cayenne S de Arthur Torres Rodrigues Navarro (Foto: Brenda Assis)



