Após Isis Ojeira da Silva de 1 ano e 9 meses morrer horas depois de ser estuprada pelo pai, Igor Silva de Souza, de 28 anos, as equipes da Polícia Civil estão investigando um possível caso de abuso e negligência sofrida pelo irmão dela, de apenas 2 anos.
O caso chocou Mato Grosso do Sul, principalmente a cidade de Camapuã, quando foi descoberto na quarta-feira (9). Para o JD1, o delegado que acompanha o caso, Matheus Vital, detalhou que o pequeno foi acolhido pelo Conselho Tutelar.
Atualmente, ele está em uma família acolhedora, recebendo os cuidados necessários. Além disso, a genitora das crianças, que alegou não ter notado nada de diferente na filha antes da morte, está sendo investigada pelo crime de maus-tratos.
O suspeito teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo juiz que atendeu o caso, por isso, ele aguarda mais atualizações preso. Enquanto isso, a mãe dos pequenos está solta após ser liberada pelas autoridades.
No final de semana, ela quase foi linchada pela população, que chegou a fazer manifestações em frente a casa da família.
Em nota, a prefeitura de Camapuã, afirmou que o Conselho Tutelar da cidade foi notificado sobre o caso de negligência com a criança apenas dois dias antes de sua morte e que não houve tempo para agir.
“No dia 7 de julho, o Conselho Tutelar recebeu um ofício da unidade hospitalar de Campo Grande-MS, onde a criança se encontrava internada, apontando indícios de negligência. No entanto, àquela altura, não havia previsão de alta médica que possibilitasse uma intervenção imediata por parte da rede local”, afirmou, em nota.
De acordo com o Humap, quando a criança deu entrada na unidade, no dia 28 de junho, foram constatados alguns sinais de negligência na pequena, que estava em tratamento respiratório e tinha uma traqueostomia, onde foram encontrados larvas e piolhos. Isis também estava com pneumonia quando deu entrada na unidade para tratamento de uma infecção.
“[A criança] recebeu os cuidados necessários, foi submetida a cirurgia para retirada das larvas e troca da cânula, evoluiu bem e recebeu alta. Diante da situação de vulnerabilidade familiar observada durante a internação, o hospital comunicou os órgãos competentes para as devidas providências”, explicou, em nota.
“Lamentavelmente, [Isis] veio a óbito na manhã seguinte, por volta das 9h. Desde o primeiro momento em que a situação foi formalmente comunicada à rede de proteção, todas as providências cabíveis, dentro das competências legais do município, foram adotadas com responsabilidade, agilidade e sensibilidade [...]".
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A pequena morreu na manhã de quarta (Reprodução)



