O renomado advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, afirmou que Jair Bolsonaro (PL) e três militares de alta patente devem receber penas severas por envolvimento em um plano de golpe de Estado e tentativa de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ministro Alexandre de Moraes (STF) e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Segundo Kakay, as condenações são "inexoráveis" e as provas contra os acusados são “muito consistentes”.Em entrevista a uma coluna, o advogado, que possui longa atuação no Supremo Tribunal Federal (STF), avaliou que Bolsonaro pode ser condenado a cerca de 35 anos de prisão em regime fechado, embora a pena máxima pelos crimes atribuídos a ele chegue a 43 anos.
“O Bolsonaro é o chefe da organização criminosa armada e seria o maior beneficiário do golpe, caso tivesse vingado”, afirmou Kakay.
O general Walter Braga Netto, que está preso desde dezembro de 2024, também deve receber uma pena próxima à de Bolsonaro.
Kakay projeta que a condenação do ex-ministro da Defesa fique apenas “1 ou 2 anos abaixo” da pena do ex-presidente.
O almirante Almir Garnier, acusado de oferecer o apoio da Marinha ao plano golpista, também deverá enfrentar uma pena “altíssima”. “Ele se dispôs a colocar a força da Marinha para apoiar o golpe. Isso deverá ser levado em consideração”, avaliou o advogado.
Já o general Mário Fernandes, que teria confessado ser o autor do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo” — que previa o assassinato de Lula, Moraes e Alckmin —, pode ser condenado a uma pena semelhante à de Bolsonaro.
“Outro que deverá ter uma pena em torno de 30 anos é o general que confessou ter sido o autor do plano”, afirmou Kakay.
Embora ressalte que não é especialista na dosimetria da pena, Kakay demonstra convicção quanto à gravidade das punições.
Ele acredita que o grupo acusado, considerado o núcleo “crucial” da tentativa de golpe, receberá as sentenças mais pesadas dentro das investigações em curso.
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