O grupo que durante dezesseis anos comandou Campo Grande, com oito anos de gestão de André Puccinelli e oito de Nelsinho Trad na prefeitura, se desmanchou há exatos dois anos atrás, quando, às portas de uma das urnas de votação do Colégio Lucia Martins Coelho, Nelsinho virou as costas para André, e desejando-lhe boa sorte, rompeu a aliança politica entre o então governador e a familia Trad.
Desde o "divórcio", as duas partes seguem vias opostas. No dia de ontem, porém, um dos lados, o dos Trad, teve melhores resultados que o ex-governador. O candidato de uma das partes, Marquinhos Trad, está no segundo turno e mais: sua família elegeu seus dois membros que disputaram a Câmara Municipal - o sobrinho de Marquinhos, Otávio Trad e um primo do candidato a prefeito, William Maksoud Filho, que também fará parte do legislativo da capital. Um terceiro nome, também de um primo, o de Paulo Siufi, poderia estar nessa conta, mas o vereador reeleito sempre teve uma atuação mais independente em
relação à sua família.
Já André, não viabilizou um único vereador em Campo Grande, e pior, viu seu PMDB definhar e ter apenas dois membros da legenda, Paulo Siufi e Doutor Loester, vencedores da eleição. Detalhe: nenhum dos dois segue a sua orientação. Nomes que apareciam em todas as pesquisas e que eram ligados a Puccinelli, como Carla Stefanini e Vanderlei Cabeludo, surpreendentemente perderam fôlego na ultima semana e terminaram de fora.
O quadro já não era bom para André desde o inicio do processo. Isto porque o maior partido do capital até então, não teve sequer candidato a prefeito. Com isso o "andrésismo", deixa de ter representação politica efetiva na capital. Sem um vereador sequer e entre os que disputarão o segundo turno, ele não terá ninguém na majoritária, pois entre os dois candidatos, nem Marquinhos ou Rose seguem sua orientação.
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William Maksoud Filho (à dir.) e Otávio Trad (à esq.) foram eleitos 




