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Política

Bolsonaro ameaça "desistir" da eleição de 2022 se não tiver voto impresso

O assunto foi levantado por ele durante uma conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada

19 julho 2021 - 14h53Brenda Assis    atualizado em 19/07/2021 às 15h10

O presidente Jair Bolsonaro insinuou nesta segunda-feira (19) que pode desistir da candidatura à reeleição em 2022 caso não seja aprovada no Congresso a impressão dos votos das urnas eletrônicas. Em um discurso já recorrente, o presidente afirmou aos apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, que "eleição sem voto auditável não é eleição, é fraude".

Bolsonaro disse ainda que os votos das urnas eletrônicas serão auditados dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "de forma secreta" e "pelas mesmas pessoas que liberaram o Lula [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva] e o tornaram elegível".

Na realidade, todas as fases da votação, segundo o TSE, são auditáveis e podem ser acompanhadas por integrantes dos partidos políticos do país. O retorno do voto impresso foi testado em 2002 e descartado por várias falhas no processo.

"Olha, eu entrego a faixa para qualquer um se eu disputar eleição...", deixou no ar Bolsonaro. "Agora, participar dessa eleição com essa urna eletrônica...", completou, dando a entender que pode não concorrer à reeleição se não houver a mudança.

A declaração é um recuo em relação ao que disse no dia 9 de julho, quando declarou que, se não houvesse a impressão dos votos, poderia não haver eleição em 2022. 

O chefe do Executivo foi além na análise. De acordo com ele, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, interferiu no Poder Legislativo para barrar o voto impresso no Congresso. "O Barroso foi para dentro do Parlamento fazer reunião com os congressistas. E acabou a reunião, o que vários líderes fizeram? Trocaram os parlamentares para votar contra o parecer do deputado Filipe Barros [PSL-PR], relator do projeto", afirmou.

Na visão de Bolsonaro, a urna eletrônica tem tecnologia defasada e é falsa a informação de que o sistema do TSE é inviolável.

O presidente justificou a falta de pressa na conversa de mais de 20 minutos com os apoiadores em Brasília. "Estou sem agenda", contou. O dia, brincou, será dedicado à cobrança dos ministros. 

Bolsonaro ficou internado entre quarta-feira (14) a domingo (18) para tratar uma obstrução intestinal. "Não teve nada a ver com a motociata. [O problema} Começou em Porto Alegre [RS], mas foi um churrasco. Enchi a pança", explicou. 

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