O governo brasileiro decidiu adotar uma postura estratégica e não imediata em relação à tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
A sobretaxa deve entrar em vigor no dia 1º de agosto, e até lá, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende calibrar uma resposta que evite escalar a crise comercial entre os dois países.
A avaliação no Palácio do Planalto é de que uma retaliação precipitada poderia prejudicar a economia brasileira. Por isso, o Executivo optou por “jogar com o relógio” e utilizar os próximos 21 dias para estudar medidas firmes, mas cautelosas.
O governo já descartou aplicar nos mesmos moldes a Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril, que permite retaliações contra países que impõem sanções unilaterais ao Brasil.
Além de possíveis respostas tarifárias, a legislação permite a adoção de medidas não-tarifárias, como restrições a importações e suspensão de obrigações relativas à propriedade intelectual.
O governo convocará o setor privado para participar da construção de uma estratégia conjunta, conforme previsto na própria lei.
Em declaração nesta quinta-feira (10), Lula afirmou que irá criar um comitê com participação empresarial para repensar a política comercial com os Estados Unidos.
“Vamos criar um comitê, e os empresários vão participar. A gente vai acompanhar dia a dia para repensar a política comercial com os Estados Unidos”, afirmou o presidente.
Lula também sinalizou que estuda recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), além de cobrar explicações diplomáticas. No entanto, reiterou que a resposta principal será dada com base na Lei de Reciprocidade.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)



