O deputado estadual Coronel David (PSL) levou, ao presidente Jair Bolsonaro, requerimento que solicitou informações sobre a atuação das forças de segurança no convênio entre Polícia Civil/Ministério da Justiça/Polícia Federal no combate ao tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, e isso trouxe um alerta ao Executivo estadual sobre a renovação do contrato.
Na semana passada, o governador Reinaldo Azambuja e o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) Antônio Carlos Videira, afirmaram que a Polícia Civil deverá abandonar as investigações contra o tráfico de drogas no estado, se o ministro da Justiça Sérgio Moro não renovar o convênio.
Atualmente, o contrato prevê que Mato Grosso do Sul realize todas as apreensões de combate ao tráfico de drogas local, o que tem um custo elevado. Em três anos, foram apreendidas quase 1.500 toneladas de drogas, mais de 33 mil laudos periciais feitos e cerca de 11 mil procedimentos realizados pela Polícia Civil, além do custo com a custódia de presos, que anualmente alcança a cifra de R$ 133 milhões de reais.
O Estado tem 1.517 quilômetros de fronteira com o Paraguai e a Bolívia, países com alto índice de produção de drogas. Entre 2015 e maio deste ano, a polícia sul-mato-grossense apreendeu cerca de 1,5 milhão de toneladas de entorpecentes, em sua grande maioria maconha e cocaína, que teria como destino os grandes centros nacionais e internacionais. Uma das consequências desta situação é a sobrecarga no sistema penitenciário estadual, que hoje administra nas unidades prisionais cerca de 7.300 presos, o que corresponde a 40% da população carcerária de Mato Grosso do Sul.
Melhorias no DOF
Ainda em abril, o deputado Coronel David participou de um encontro com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), onde apresentou um plano para “sufocar” o crime organizado nas regiões de fronteira do Estado. O documento solicitou a reestruturação do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), cujo investimento necessário chegaria a R$ 32 milhões, com intuito de aumentar o efetivo, adquirir novas viaturas e armamentos, entre eles 90 fuzis.
“Em 2018, tive a oportunidade de levar o Bolsonaro ao DOF, para que ele conhecesse a estrutura e verificasse o quanto é dificultoso para os agentes de segurança pública manterem a fiscalização nas fronteiras sem a participação das forças federais”, disse Coronel David.
“Sabemos que essa defesa é de responsabilidade da União, portanto, discutimos a participação das Forças Armadas, além de investimentos em tecnologia e melhor estrutura para ‘sufocar’ o crime organizado nas divisas de MS. O presidente recebeu o plano, viu o que era necessário para que isso fosse viabilizado e nós o convidamos para retornar ao estado de Mato Grosso do Sul e fazer outra visita ao DOF. O investimento demanda estudo, e é preciso definir qual será a fonte orçamentária, mas ele ficou de avaliar e, assim que decidir, voltará para anunciar esse investimento”, concluiu.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Flávio Bolsonaro confirma candidatura à Presidência em 2026

PSDB define nova executiva em MS com Beto Pereira na presidência

Maduro pede apoio de brasileiros no mesmo dia de ataque dos EUA

LDO 2026 é aprovada com superávit previsto de R$ 34,3 bilhões

"Delirante", diz Marquinhos ao processar Adriane por fala em rádio sobre manifestação

Decisão de Gilmar Mendes provoca reação intensa entre parlamentares

Termo de Compromisso assinado em Campo Grande assegura Passe do Estudante em 2026

Câmara analisa projetos sobre habitação, educação especial e transparência

ALEMS analisa 11 propostas na sessão ordinária desta quinta-feira


Coronel David levou ao presidente Jair Bolsonaro requerimento para que o governo federal revise contrato (Assessoria)



