O procurador da Câmara Municipal, André Scaff, apontado como suspeito de movimentação financeira incompatível com a renda declarada, foi preso na manhã desta terça-feira (20) durante a operação Midas, do Ministério Público Estadual. Segundo informações contidas na decisão que culminou também na prisão da esposa dele, Karina Mauro Scaff, André teria em seu nome 96 imóveis, um acerto que seria “supostamente incompatível com a renda auferida na condição de servidor público, sendo que a apuração indica acréscimo patrimonial indevido”.
A base é que o patrimônio teria crescido quando André foi secretário de finanças de Campo Grande durante a gestão de Gilmar Olarte entre 2014 e agosto de 2015. O apontamento foi contestado pela defesa de Scaff e segundo o advogado José Wanderley todos os imóveis foram adquiridos antes de assumir a secretaria de Finanças na Prefeitura de Campo Grande.
“Não nos inteiramos integralmente do processo, mas teremos copia integral do PIC e já estamos elaborando habeas corpus com parte do que temos e entraremos com a medida”, afirmou o advogado. André está na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).
O advogado explicou que não sabe efetivamente a acusação. “Ele tem mais de uma fonte de renda, ele tem outras fontes de renda, não sendo só como funcionário público e segundo temos informações há como justificar todas as propriedades. Entendemos que estão levando em consideração que não condizem com a realidade e que se confrontada com documentos, demonstram que ele teria adquirido de forma regular e as datas consideradas não estão batendo. Isso que temos que confrontar.
Sobre a prisão de Karina Scaff a defesa entende que não há motivo nenhum para a prisão dela. “Nem a dela e nem a dele”, afirma.
“André não é político, e o MP está fazendo um trabalho institucional, não acredito que tenha qualquer fundo político, ele não é político. Mas entendemos que não existe motivos para a prisão e vamos impetrar habeas corpus”.
A defesa afirmou que Scaff sempre esteve a disposição da Justiça e já teria comparecido ao MPE para prestar esclarecimento. “Foi espontaneamente”, garantiu. O advogado pontuou que só teve acesso a decisão que determinou a prisão, porém ainda não soube o inteiro teor da denúncia.
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O advogado José Wanderley 



