Após o grave acidente ocorrido no último fim de semana na BR-262, na região do Buraco das Piranhas, que resultou na morte de duas pessoas e deixou uma criança gravemente ferida, o deputado estadual Paulo Duarte (PSB) fez um pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa (ALEMS), nesta terça-feira (17).
O parlamentar atribuiu a tragédia ao que chamou de “sucateamento dos órgãos federais” responsáveis pela fiscalização e infraestrutura da malha viária em Mato Grosso do Sul.
“O acidente do último domingo não foi por acaso. O abandono e a falta de fiscalização nas estradas estão nos levando a situações terríveis como essa”, afirmou Duarte.
O deputado, que costuma trafegar com frequência pela BR-262, criticou a ausência de balanças de pesagem em trechos estratégicos da rodovia. “É impressionante. Quando você sai do Estado, existem balanças em vários pontos das estradas brasileiras. Mas naquele trecho, onde a estrada é construída sobre um aterro frágil, que não foi projetado para suportar o peso atual dos caminhões de minério, não há nenhuma balança”, denunciou.
Segundo ele, o trecho entre Corumbá e o Buraco das Piranhas, com cerca de 50 quilômetros de extensão, apresenta deformações perigosas no asfalto, o que contribui para a instabilidade dos veículos e aumenta o risco de acidentes. “O percurso é completamente ondulado, os veículos sacodem de cima para baixo, desestabilizando a direção”, relatou.
Paulo Duarte defendeu a instalação urgente de balanças em pontos estratégicos da rodovia, como no próprio Buraco das Piranhas ou no Lampião Aceso, posto fiscal localizado na saída de Corumbá. “Esses caminhões devem ser pesados antes mesmo de atravessar a ponte sobre o Rio Paraguai”, reforçou.
Diante da gravidade da situação, Paulo Duarte propôs uma ação conjunta da Assembleia Legislativa, a ser encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando providências urgentes.
O objetivo é pressionar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para que a instalação das balanças seja determinada com urgência.
“A situação é crítica. Não podemos esperar por novas tragédias para agir”, concluiu o deputado.
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