A cassação por 450 votos a 10, pela Câmara Federal, ao mandato do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi tema de debate durante sessão desta terça-feira (13) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) afirmou que “esta novela não terminou”. “Cunha disse que vai lançar um livro contando tudo o que sabe. Teve gente que não deve ter dormido essa noite. Por que será que tantos que o apoiavam agora votaram contra ele? Ele acusou o PT de fazer revanche, pelo o processo de impeachment de Dilma [Rousseff], mas agora é que vamos lutar por eleições diretas, pois o povo merece um governo legítimo. A Câmara só mostrou que está desgastada”, disse Kemp.
Para o líder do PT na Casa de Leis, deputado Amarildo Cruz, a cassação revelou “a hipocrisia da política”. O parlamentar também questionou como Cunha contava com tanto apoio para conduzir matérias contra o Governo Federal e agora foi cassado com uma votação ampla. “Essa situação só revelou a qualidade dos políticos na Câmara, que é a mais conservadora que já vimos”, concluiu.
João Grandão (PT) teme que a Câmara aproveite a situação para encaminhar outras matérias polêmicas. “O que me preocupa é que essa cassação seja apenas uma forma de apagar outros debates importantes que estão acontecendo lá. Matérias que esmagam os direitos trabalhistas e ampliam as autorizações às privatizações”, lamentou o deputado.
Por outro lado, o deputado Zé Teixeira (DEM) discordou que as propostas que afetam questões trabalhistas sejam ruins para o povo brasileiro e defendeu que é necessária uma reforma. “Estamos passando por um momento muito complexo no Congresso, mas não podemos negar que a nação precisa destas mudanças para não entrar em colapso”, concluiu.
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