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Política

Entre políticos e empresários, MPE denuncia 24 nomes na Coffee Break

31 maio 2016 - 14h57LB da Redação

A semana que promete ser tensa no meio político tem a expectativa de entrega do relatório da operação Coffee Break, que se por um lado tira o sono de alguns, na outra ponta traz o fechamento de uma história que deixa a Câmara Municipal em polvorosa.

Segundo apurado pela reportagem serão 24 denunciados pelo Ministério Público Estadual envolvendo dois ex-prefeitos, um ex-governador, 11 vereadores, um ex-vereador além de empresários e outros suspeitos de envolvimento na suposta tentativa de golpe na cassação do mandato do prefeito Alcides Bernal em março de 2015.

A apuração e o anúncio de nomes que deve ser feito a partir das 16 horas pelo Ministério Publico, deixa claro que  foi assumida  uma linha de denunciação  tanto mais ampla, quanto  contundente ,  da parte do  Ministério Publico de MS, e que a batata quente ou melhor a  responsabilidade de decifrar o que tem embasamento e o que não tem, foi jogada nas costas do desembargador Luis Bonassini . Fontes próximas a investigação, já haviam adiantado ao JD1Noticias na semana retrasada, que algumas das denuncias fatalmente cairiam na fase judicial, mas a lista era menor do que a que sera anunciada hoje .

Fariam parte da lista de denunciados , encaminhados ao Tribunal de Justiça os vereadores João Rocha (PSDB) atual presidente da Câmara, o ex-presidente Mario Cesar (PMDB), Flavio Cesar (PSDB), Eduardo Romero (REDE), Otávio Trad (PTB), Paulo Siufi (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Dr. Jamal (PR), Waldecy Chocolate (PTB), Edson Shimabukuro (PTB), Edil Albuquerque (PTB), Carlão Borges (PSB), o ex-vereador Alceu Bueno. Também estaria o nome do ex-governador André Puccinelli (PMDB), o prefeito afastado Gilmar Olarte (PROS),  o procurador da Câmara Municipal André Scaff, os empresários João Baird, João Amorim e Fabio Machinski e Carlos Naegele. 

A operação que marcou Campo Grande

O relatório foi entregue em 9 de dezembro do ano passado, quando Humberto Brites ainda era o procurador Geral e narra uma suposta tentativa de corrupção ativa e passiva entre parlamentares e empresários para que o mandato do prefeito Alcides Bernal fosse cassado.

A operação Coffee Break é um desdobramento de duas outras operações, a ADNA (em alusão a denominação religiosa) e em maior e mais aprofundada parte, a investigação conduzida pela Polícia Federal que na operação Lama Asfáltica, acabou flagrando conversas telefônicas entre o empresário João Amorim, o prefeito afastado Gilmar Olarte e também o então presidente da Câmara, vereador Mario Cesar.

Com as escutas telefônicas devidamente autorizadas pela justiça. O MPE (Ministério Público Estadual) por meio do Gaeco (Grupo de atuação especial e combate ao crime organizado) deflagrou em agosto de 2015 a operação “Coffee Break”, em alusão ao termo “cafezinho” que seria um termo usado para propina.

Tal qual uma novela, o enredo teve nuances dramáticos com o afastamento em 25 de agosto do ano passado de Olarte e Mario Cesar de seus respectivos cargos, e a recondução de Alcides Bernal para o cargo, em outro processo que já corria judicialmente desde sua cassação. Mario conseguiu voltar ao cargo só depois de renunciar a presidência da Câmara, e Olarte ainda amarga o afastamento.

Uma suposta trama que envolve apenas telefonemas e “ouvi falar”

Segundo apurado pela reportagem, o relatório inicial confeccionado pelo Gaeco e que serviu para respaldar o posicionamento do Tribunal de Justiça no afastamento de Olarte e Mario Cesar, além da condução coercitiva de mais oito parlamentares e apreensão de celulares deles e empresários como João Baird, dono da Itel e Fábio Portela Machisnky, o Fabão.

Em todo o relatório inicial, transcrições de conversas telefônicas onde o assunto principal era a saída de Bernal do cargo, além de uma possível ligação entre João Amorim e Gilmar Olarte e recortes de matérias que saíram da mídia, além de textos de assessoria de imprensa de vereadores que na época estavam na base de apoio de Alcides Bernal, como é o caso de Zeca do PT.

As conversas envolviam uma suposta compra de votos para cassar o mandato de Bernal, onde o principal articulador seria Amorim, já que ele se sentia prejudicado por não receber o que a Prefeitura lhe devia, e ter contratos milionários com o poder municipal. 

Segundo apurado pela reportagem, o relatório inicial serviria para a denúncia a ser apresentada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul ainda esta semana. O processo que não está em sigilo, mostra que a conclusão é de apontamento de “indícios da prática dos crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, que envolvem as pessoas abaixo qualificadas, ora na condição de autores, ora na condição de testemunhas”. Porém, informações extra-oficiais afirmam que o número era muito mais amplo do que o divulgado. 

Entre os citados estão João Amorim, João Roberto Baird, Fabão, o prefeito afastado Gilmar Olarte, o ex-vereador Alceu Bueno, Luis Pedro Guimarães, Raimundo Nonato Carvalho, os vereadores Mario Cesar (PMDB), Edil Albuquerque (PTB), Airton Saraiva (DEM), Waldecy Chocolate (PTB), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão Borges (PSB), Eduardo Romero (REDE), Flávio Cesar (PSDB), Otávio Trad (PTB), Paulo Siufi (PMDB), Edson Shimabukuro (PTB) e Jamal Salem (PR).

Segundo o procurador-geral, Paulo Passos, o Ministério Público entende neste  momento que não há necessidade de pedir o afastamento de nenhum daqueles que têm mandato eletivo.


João Baird, empresário dono da Itel Informática também estaria entre os indiciados

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