O governo brasileiro se disse surpreso e descontente com as declarações do Uruguai sobre a visita do ministro das Relações Exteriores, José Serra, ao país e voltou a se posicionar contra a transferência do comando do Mercosul para a Venezuela. Na semana passada, o chanceler uruguaio, Rodolfo Novoa, acusou o Brasil de tentar “comprar o voto” uruguaio na polêmica envolvendo a transição da presidência pro tempore do bloco.
Em audiência no Câmara de Deputados de seu país, Novoa também disse que José Serra foi ao Uruguai para tentar convencê-lo de mudar de opinião sobre negociações comerciais.
Hoje (16), o Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador uruguaio no Brasil, Carlos Daniel Amorín-Tenconi, para dar satisfações após as declarações de Novoa.
Durante a conversa com o embaixador, o secretário-geral do Itamaraty, Marcos Bezerra Abbott Galvão, pediu esclarecimentos sobre as falas de Novoa e expressou “profundo descontentamento” com a posição uruguaia.
Segundo as autoridades diplomáticas brasileiras, o Brasil defende uma presidência pro tempore do Mercosul “que tenha cumprido os requisitos jurídicos mínimos para o seu exercício”.
Segundo o Itamaraty, Serra tratou com o chanceler uruguaio sobre oportunidades de mercado que os dois países podem explorar conjuntamente.
“Nesse contexto, o governo brasileiro recebeu com profundo descontentamento e surpresa as declarações do chanceler Nin Novoa sobre a visita do ministro José Serra ao Uruguai, que teriam sido feitas durante audiência da Comissão de Assuntos Internacionais da Câmara de Deputados uruguaia, no último dia 10 de agosto. O teor das declarações não é compatível com a excelência das relações entre o Brasil e o Uruguai”, criticou o Itamaraty.
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