O deputado estadual João Henrique Catan (PL) levou para o plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), nesta terça-feira (7), uma cópia do livro Mein Kampf, biografia do ditador nazista Adolf Hitler.
Em sua fala no plenário, o deputado criticava a dificuldade em obter informações do governo durante a votação de um requerimento, algo que, segundo Catan, é parecido com táticas utilizadas por Hitler durante a ditadura nazista.
"Aqui eu trago, senhor presidente, um livro que este parlamentar ficou com medo na sua viagem de retorno ao Brasil, senhor presidente. Fiquei com medo de entrar com esse livro no Brasil, porque à época um juiz talvez mais ditador do que Adolf Hitler suspendeu a entrada e as vendas do Mein Kampf, Minha Luta, Minha História, Minha Vida, de Adolf Hitler, onde aqui retrata suas estratégias para aniquilar, fuzilar, o parlamento e os direitos de representação popular”, explicou.
Ainda em sua fala, o deputado pede que a Assembleia “se fortaleça, se reconstrua, se reorganize nos rumos do que foi o parlamento europeu da Alemanha” pós-Segunda Guerra Mundial.
Segundo a Lei 7.716/1989, é classificada como apologia ao nazismo a fabricação, comercialização, distribuição ou veiculação de símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem símbolos nazistas.
Procurado pelo JD1, o deputado, por meio da assessoria, afirmou que sua fala surgiu em crítica às decisões tomadas por demais deputados aliados do governo durante a votação do requerimento, e chegou a comparar a atitude de seus colegas na Assembleia com ações tomadas por nazistas.
“O Governo do Estado orientou sua base a votar contra um requerimento simples, que visava detalhar as contratações com cargos comissionados do estado. Coisa simples, da atividade fiscalizatória e devido exercício da atividade parlamentar. A citação foi justamente oposta a esse sentido, em crítica às estratégias de Hitler para anular o parlamento, corromper a democracia, até que colocou, por meio de infiltrado, fogo no parlamento alemão. A crítica revela que a democracia no nível estadual está fragilizada, de maneira disfarçada, institucionalizada, legalizada pelo governador do Estado, pela coalisão, está entrando em autofagia, ao queimarem a independência do parlamento estadual. Ou seja, Hitler anulou o parlamento colocando fogo no prédio, o Governo do Estado de MS ateou fogo no parlamento estadual construindo sua base para que renunciem ao exercício e independência da atividade parlamentar.”
Confira a fala do deputado:
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