Via Terra
O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Castro, foi exonerado temporariamente do cargo para participar de uma votação de seu partido no Congresso, que pode ser decisiva para um futuro um possível julgamento político contra Dilma Rousseff.
Apesar da "emergência nacional" declarada pelo zika vírus, o ministro deixa o cargo por apenas 24 horas para a eleição do líder do PMDB, segundo uma permissão outorgada pela própria Dilma e publicada nesta quarta-feira Diário Oficial.
Castro pretende participar de uma votação do PMDB, na qual será eleito o novo chefe do partido na Câmara dos Deputados, que é responsável por designar os parlamentares dessa formação que integrarão uma comissão especial que decidirá se Dilma deve ser submetida a um julgamento visando o impeachment.
O PMDB, ao qual pertence o vice-presidente do país, Michel Temer, abriga fortes setores dissidentes que apoiam o processo contra Dilma, o que dá uma grande importância a essa eleição interna do partido.
A dissidência do PMDB e a oposição anunciaram protestos pela presença de Castro no Congresso e alguns legisladores pretendem comparecer ao plenário disfarçados de mosquitos, por conta da epidemia do zika vírus.
A eleição do novo chefe do PMDB na câmara Baixa será entre o governista Leonardo Picciani e o dissidente Hugo Motta, que é a favor de que Dilma seja julgada pelas manobras contábeis irregulares com as quais o governo maquiou seus resultados fiscais de 2014 e 2015.
Segundo o decreto publicado hoje, Castro retomará seu cargo no governo amanhã. No entanto, na agenda oficial de Dilma figura para hoje, em um horário posterior à votação do PMDB, uma reunião com Castro em sua condição de ministro da Saúde.
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