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Política

“MS devia se chamar estado do Pantanal”, diz Arroyo

03 julho 2011 - 05h20Divulgação

Para o deputado Antônio Carlos Arroyo do PR, MS devia se chamar estado do Pantanal, pois 2/3 do Pantanal estão em território sul-mato-grossense. "Uma grife reconhecida mundialmente, mas que é vendida como Pantanal de Mato Grosso."

Favorável a mudança do nome do estado, o parlamentar reapresentou Projeto de Emenda Constitucional que prevê a realização de plebiscito no Estado de Mato Grosso do Sul. O documento existente tomou novo formato e segue na pauta de votação da Assembléia Legislativa com a assinatura de 18 deputados estaduais.

De acordo com Carlos Arroyo, o plebiscito é a maneira de consultar a população sobre a mudança na Constituição Estadual que não prevê plebiscito. Nesta etapa o deputado quer "regulamentar a emenda e consultar diretamente a população nas eleições municipais com um item a mais no processo de votação que deve fazer a seguinte indagação: você é a favor da mudança do nome do Estado?", aponta.

A polêmica sobre a mudança do nome do Estado há tempo divergem opiniões entre a população de MS. O assunto já foi alvo de discussões no legislativo estadual em 2009 e não prosperou porque na época Arroyo apresentou a proposta sob a forma de lei ordinária.

A principal queixa do deputado é que em âmbito nacional e internacional confundem o estado de Mato Grosso, que é vizinho, com Mato Grosso do Sul.

Arroyo explica que a PEC não tem o objetivo de mudar a denominação do estado na próxima eleição, mas iniciar a discussão do assunto disciplinando de maneira legal o processo de escolha da população de forma democrática. "Com o plebiscito cada indivíduo poderá escolher de forma democrática se o nosso Estado continua ou não com este nome", justifica.

O Projeto de Emenda Constitucional acrescenta os parágrafos 1º e 2º ao artigo 4º na Constituição Estadual, conforme o documento.

"Antes de pensar em mudar nome do estado é necessário investimento em marketing", pontua Mochi.

Questionado sobre o seu posicionamento quanto à mudança do nome do Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Júnior Mochi (PMDB) disse que antes de se pensar em mudar o nome do estado, é necessário que haja um investimento em marketing para que as pessoas em todos os estados da federação saibam, por exemplo, que a maior parte do pantanal fica no Mato Grosso do Sul e não no Mato Grosso.

"O nosso estado é novo, tem pouco mais de 30 anos e nunca vimos uma propaganda na mídia falando, por exemplo: você sabia que o pantanal é no Mato Grosso do Sul? Por isso acredito que deva ser feito um grande programa de marketing em cima do nome Mato Grosso do Sul. Daí se não resolver poder-se-ia pensar na troca", defende Mochi.

O deputado ainda sugestiona que seja feito um plebiscito para saber o que a população do estado pensa a respeito. "Para isso é necessário inserir um texto na Constituição Federal permitindo a realização de um plebiscito e para não ter custos, sugiro que seja realizado juntamente com as eleições de 2014", diz.

De acordo com Ricardo Kuminari, presidente da Câmara de Dirigentes Logistas, "uma das principais confusões que a maioria das pessoas fazem quando referem-se ao nosso estado é que ele pertença a Mato Grosso. Isso já vem ocorrendo com uma certa frequência e mesmo que nós, de Mato Grosso do Sul, ficássemos corrigindo, a impressão que tenho é a de que já esta no costume de todos", aponta.

Para ele, a proposta pela mudança para o "Estado do Pantanal" é vista com "bons olhos", pois assim "teremos nossa identidade e enfim, poderemos mostrar que o Pantanal é realmente de MS. Além disso, o comércio só tem a ganhar pois o nome Pantanal é sim reconhecido internacionalmente, o que atrai ótimos negócios para o estado. Bom para o cidadão, bom para o estado."

Na sessão da ALMS de terça-feira (28/06), o deputado Paulo Duarte (PT) apresentou indicação solicitando providências urgentes para corrigir novo erro entre os nomes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Desta vez, a confusão geográfica está no totem eletrônico instalado na entrada do anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). O totem informa aos visitantes que os parlamentares de Mato Grosso do Sul são do Mato Grosso.

Duarte define como "irritante" a constante troca de nome de Mato Grosso do Sul por Mato Grosso. No documento o parlamentar acrescenta que a troca "cometida incontáveis vezes, por diversas pessoas, nos grandes centros ou em visita ao estado, agora é feita até pelos responsáveis em fornecer informações corretas à população".

Recentemente, o deputado apresentou uma moção de protesto, divulgada inclusive na mídia nacional, aos produtores do filme Vips, com Vagner Moura no papel principal, por terem cometido o mesmo erro.

Outra indicação, no mesmo sentido, foi apresentada no mês de abril, e solicitava aos coordenadores de uma grande rede social que também tomassem providências para inserir o nome de MS no perfil dos usuários sul-mato-grossenses, já que constava apenas Mato Grosso.

Ao apresentar a indicação, outros parlamentares voltaram a discutir a necessidade de se realizar um plebiscito para saber se a população é a favor da troca do nome do Estado. "O tempo provou que foi uma escolha inadequada", finaliza Paulo Duarte, se referindo à época em que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foram divididos e não se pensou em escolher um nome diferente para o Estado.

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