Mato Grosso do Sul receberá melhorias no sistema penal através do programa "Justiça Presente", uma parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O programa está dividido em quatro segmentos para que a assimilação das atividades não seja complexa. Os eixos abordados são os sistemas eletrônicos, propostas e alternativas ao superencarceramento, as políticas de cidadanias o sistema socioeducativo.
Para implantação, o programa será aplicado em três fases:
Na primeira fase, serão priorizadas a informatização dos processos de execução penal por meio do Sistema Eletrônico de Execução Unificada (SEEU), a identificação biométrica, a emissão de documentos para pessoas privadas de liberdade, a atenção às pessoas egressas, as iniciativas para inserção no mercado de trabalho e o fortalecimento das audiências de custódia, das polílicas de alternativas penais e da monitoração eletrônica.
A segunda fase ativará mutirões carcerários em processos informatizados, centrais de vagas para aperfeiçoar o controle da legalidade das penas e medidas, práticas restaurativas e a melhoria e aperfeiçoamento dos serviços e dos mecanismos de controle das políticas oferecidas às pessoas presas.
E não menos importante, a terceira fase investirá em ações de atenção ao sistema socioeducativo.
As fases acontecerão em março, junho e julho e se prolongarão até o encerramento do programa, previsto para julho de 2021.
A apresentação do programa aconteceu em solenidade no Salão Pantanal do Tribunal de Justiça de MS, nessa segunda-feira (29), onde Paschoal Carmello Leandro, recebeu o secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça, Carlos Vieira Von Adamek, e o juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Luís Geraldo Santana Lanfredi.
Superlotação no encarceramento estadual
Segundo informações da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), no começo do ano, em janeiro, havia 18.027 presos no Mato Grosso do Sul, distribuídos em 43 unidades prisionais para 9.068 vagas. De acordo com os dados, o estado comporta em suas unidades, quase o dobro da capacidade.
Exemplificando uma taxa de aprisionamento de 648.68 pessoas privadas de liberdade para cada 100.000 habitantes. Atualmente, o estado está em segundo lugar com o maior número de aprisionados após resultado do indicador publicado no Infopen em 2017.
Ainda de acordo com o Infopen de 2017, o estado apresenta 20 óbitos para cada 10.000 presos em junho de 2016. Sendo 12,7% por questões naturais e 2,8% por causas criminais.
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Desembargadores Sergio Martins e Carlos Contar , governador Reinaldo Azambuja e o presidente do Tribunal de Justiça Paschoal Leandro em solenidade 



