Ele tem uma série de dificuldades, tanto de gestão quanto pessoais, que fazem com que sua administração conviva com altos níveis de rejeição, mesmo politicamente ainda sendo forte. A partir de agora, Alcides Bernal terá mais um item a seu desfavor, para somar em sua contabilidade administrativa e política, o fato de ser um prefeito defensor da ex-presidente Dilma Roussef.
Tanto nos seus primeiros quinze meses de mandato, quando agora nesses mais de oito meses que retornou após ser cassado, Bernal conseguiu muito pouco em Brasília, quase nada, mesmo tendo mais de R$ 400 milhões já aprovados na Caixa Econômica, oriundos de projetos de seu antecessor Nelsinho Trad. Isso porque no governo federal, trânsito politico, tem que estar associado a projetos bem elaborados e, principalmente, acompanhados 24 horas, já que as demandas suplementares de certidões, documentos, justificativas, são quase “infinitas”.
Se sendo a favor, os resultados foram pífios, a partir de agora Bernal viverá um novo momento, o de ser um dos prefeitos de capital que saíram em defesa da presidente afastada do cargo pelo Senado.
E a sua situação é pior que de todos os outros que cometeram a mesma asneira e que também ficaram a favor de Dilma. Esses prefeitos têm relações boas com membros de suas bancadas, Bernal não. Dificilmente alguém ira defendê- lo. Quem conversa um pouco melhor com ele é Dagoberto Nogueira, do PDT, fortemente desgastado após votar contra o impeachment. Zeca e Vander, que lhe seriam uma possibilidade, estão fora da base do governo e na oposição franca a Michel Temer, a quem acusam de “golpe”.
O que restará a Alcides Bernal como via de comunicação com o novo governo(?): Carlos Marun, Eliseu Dionisio, Luís Mandetta, Tereza Cristina, Waldemir Moka, Simone Tebet? Todos o detestam e a reciproca é verdadeira.
O pior de tudo isso é que as consequências da falta de prudência, e principalmente de sendo de oportunidade do prefeito de Campo Grande, não lhe trazem consequências apenas pessoais e políticas, mas principalmente para o município que administra. Campo Grande vai pagar o pato pela “valentia” de Bernal, de novo. Mais uma vez, pobre cidade...
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