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Política

Para advogados de defesa Coffee Break não tem provas e é seletiva

27 julho 2016 - 11h59Rafael Belo
Prefeitura Mobile

“Todas as vezes que a acusação for à imprensa também iremos convocar uma coletiva”, anunciou o advogado Fabio Trad. Ele e mais cinco acusaram o Ministério Público de ser equivocado ao fazer acusações sem provas e investigar de maneira seletiva os envolvidos na Operação Coffee Break.  Fabio defende Airton Saraiva e citou sites de Campo Grande para mostrar que o jogo político não pode ser criminalizado, já que o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, buscou apoio com alianças e nomeações para não ser cassado e perguntou: “Por que os fatos relatados pela imprensa não são crimes também? Qual o critério para pender só para um lado?”

Para Trad, o material apresentado pela acusação não se sustenta. “A denúncia é frágil e tecnicamente imperfeita. Foi feita a leitura criminalizante de um embate político. Não há menção de lavagem de dinheiro. A denuncia se baseia muito precariamente em tráfico de cargos e em um ‘ouvi dizer’ no depoimento de Paulo Pedra e Luiza Ribeiro que foi considerado suficiente para constituir crime. Insto é uma atuação performática”, acusa.

Já André Borges, deixou claro que a intenção do cliente dele, Otavio Trad, é concorrer à reeleição e que acusar de maneira “inconsistente e abusada como um panfleto político é um absurdo”. Para Borges é preciso uma reparação de dano moral na Justiça para Trad. “Eles o acusaram de corrupto e leviano por uma acusação de ter vendido voto e indicado cargos para Gilmar Olarte, mas não aponta quais cargos nem quais pessoas isso é muito grave. Foi provado que os seis depósitos que ele recebeu eram verbas indenizatórias pagas para todos os vereadores”, analisou.

Reforçando o coro, Renê Siufi, representante do ex-governador André Puccinelli, de Paulo Pedra, Flávio César e Diogo Albuquerque, afirmou: “O óbvio é que não existe nada que seja verdadeiro. Todos foram colocados em uma vala comum com acusações factóides, absurdas e sem suporte. Para prestigiar o promotor Marcos Alex que achou ter descoberto o ovo de Colombo, a justiça aceitou o inquérito dele”.

Somando aos demais, Rodrigo Dias, advogado de Carlão, Chocolate e Alceu Bueno destacou que a acusação utilizou de coincidências para levar adiante o processo. “O Carlão teria recebido dinheiro para votar a favor do impeachment de Bernal, mas ele votou contra. Falta consistências nestas ‘provas’. Ainda apontam que Carlão indicou dois cargos para Gilmar Olarte, mas o MP esqueceu de dizer que Bernal já havia nomeado estes dois líderes comunitários. O MP pega fatos isolados, junta e criminaliza o jogo político”. Em seguida Dias adota um tom mais ácido ao defender seus outros dois clientes.

“Chocolate foi humilhado, sofreu segregação racial, foi chamado de burro e expulso do PP (Partido Progressista). É preciso dinheiro para votar contra (o Bernal)? Já sobre o Alceu, o MP diz que ele recebeu dinheiro da Proteco de João Amorim. Ambos em empresas do ramo da construção, eles queriam que o Alceu vendesse equipamentos hospitalares e o Amorim comprasse espelhos?”, ironiza.

Jail Azambuja, advogado de Gilmar Olarte e de Guimarães é mais incisivo. “Toda a operação é materialmente influenciada e deturpada. A Coffee Break é um golpe aplicado contra a Câmara e que faz Campo Grande ainda sofrer com as consequências. O golpe foi orquestrado para minimizar os efeitos da cassação de Bernal e o reconduzir em 25 agosto de 2015 ao cargo de prefeito. Acusam meus clientes de associação criminosa , mas não diz qual o crime? O STJ (Superior Tribunal Justiça) afirmou que a Câmara estava exercendo seu papel e o MPF (Ministério Público Federal) denunciou duas ações de improbidade administrativa. Dizer que foi trama é uma mentira. A população não pode ser enganada”, finalizou.

César Makssud, advogado do ex-prefeito Nelsinho Trad, também contesta a acusação. “Acusaram meu cliente de associação criminosa, mas qual foi o crime? O MP não disse. Esperava-se que a Justiça fosse imparcial”.

Os advogados de defesa são unânimes ao julgar que o promotor Marcos Alex teve excesso de poder e comprovando esta acusação o Estado pode responder por eventual dano, caso entrem com representação contra o promotor. Agora, todo o processo está atrasado e os acusados terão que prestar depoimento novamente, atrasando o julgamento de 15 a 30 dias e depois por mais dois ou três meses com a esperança de ser concluído antes das eleições, perdida. A provável definição final deve ficar para 2017.

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