Novos diálogos atribuídos ao então juiz Sergio Moro e a procuradores em supostas conversas no aplicativo Telegram foram divulgados nesta sexta-feira pela revista Veja em conjunto com o site The Intercept, que mostram como Moro orientava de forma ilegal as ações da Lava Jato.
Veja diz que ex-juiz teria agido de maneira ilegal. No que ele rebate e diz não reconhecer autenticidade das mensagens e que há uma ‘tentativa de invalidar condenações por corrupção’
A revista afirma na seção Carta ao Leitor que analisou dezenas de mensagens trocadas ao longo do tempo, ao todo 649.551, e que se provam verdadeiras as mensagens trocadas, e em que uma conversa em particular em 28 de abril de 2016 Moro teria orientado os procuradores a tornar mais robusta uma peça. O suposto diálogo se refere a Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels, que tinha contrato com a Petrobras. O engenheiro foi condenado por corrupção ativa a 15 anos, 6 meses e 20 dias.
A mensagem mostra Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa em Curitiba, avisando à procuradora Laura Tessler que Moro o teria avisado sobre a falta de uma informação na acusação contra um réu acusado de ser um dos principais operadores de propina no esquema de corrupção da Petrobras. O réu era Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a estatal.
nas mensagens Deltan teria escrito,"No caso do Zwi, Moro disse que tem um depósito em favor do Eduardo Musa (ex-funcionário da Petrobras) e, se for por lapso que não foi incluído, ele disse que vai receber amanhã e dá tempo. Só é bom avisar ele", no que a procuradora teria respondido "Ih, vou ver".
No dia seguinte, de acordo com a revista, o MPF incluiu um comprovante de depósito de US$ 80 mil feito por Skornicki a Musa e Moro, logo depois, aceita a denúncia.
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