A prefeita de Miranda, Marlene Bossay (MDB), teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS).
Após análise dos embargos de declaração, o tribunal deve definir a data da nova eleição.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Edson Moraes de Souza (PDT), assumirá a prefeitura do município até a escolha do novo prefeito.
Marlene foi processada por compra de votos na eleição de 2016. O filho dela, o vereador Ivan Bossay (MDB), também é investigado no caso.
O relator do processo no TRE-MS, Abrão Razuk, concordou com os argumentos do Ministério Público Eleitoral sobre as provas colhidas contra a prefeita.
A defesa não conseguiu desconstituir a denúncia tanto no juízo de primeira instância quanto no TRE, e por seis votos a zero, a cassação foi confirmada.
Marlene foi condenada em dois processos, um pelo Ministério Público e outro pela Coligação Unidos por Miranda, envolvendo os partidos PSL, PR, DEM, PRP, PSDB e PV.
No caso da coligação, o advogado Ary Raghiant explicou "são dois processos sobre o caso do filho de Marlene. O Alexandre ter sido preso entregando cestas básicas na aldeia. Pela gravidade dos fatos, dificilmente ela ficará no cargo, e deverá ter novas eleições em Miranda”, explicou.
Investigação
Durante a campanha de 2016 o outro filho da prefeita, Alexandre Bossay, foi flagrado e preso quando entregava cestas básicas na aldeia Lalima, em Miranda. Ele é acusado de comprar votos de jovens por meio de depósito bancario.
A compra foi comprovada por meio de conversas em aplicativo de mensagens no celular entre o filho da prefeita e o jovem que recebeu o dinheiro. Bossay enviou foto do comprovante do depósito feito ao rapaz e frisou o nome da mãe e do irmão para serem votados.
Nas investigações, foram encontrados tickets em postos de combustíveis, que teriam sido repassados a eleitores.
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Marlene e Ivan Bossay; filho também é investigado (Reprodução/Correio do Estado)



