Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil-PR) não cometeu abuso de poder nas pré-campanhas para a Presidência da República e para a Câmara dos Deputados por São Paulo antes de ser eleito senador pelo Paraná. Os recursos apresentados pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) pedindo a cassação de Moro foram rejeitados.
Histórico da campanha - Sérgio Moro, que havia sido ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, inicialmente anunciou sua candidatura à Presidência pelo Podemos. Posteriormente, filiou-se ao União Brasil, desistiu da candidatura presidencial e lançou-se como candidato a deputado federal por São Paulo. Após o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo cancelar sua transferência de domicílio eleitoral, Moro decidiu concorrer ao Senado pelo Paraná, onde foi eleito, derrotando Álvaro Dias (Podemos).
Decisão do TSE - O relator do caso, ministro Floriano de Azevedo Marques, destacou a ausência de parâmetros legais claros sobre os limites de gastos na pré-campanha, dificultando a configuração de abuso de poder econômico. Moro gastou R$ 777 mil durante a pré-campanha, representando 17,47% do teto de gastos permitidos para a campanha ao Senado pelo Paraná em 2022. Este valor foi considerado razoável e compatível com as atividades permitidas na pré-campanha.
Marques dividiu as despesas de Moro em três períodos: de novembro de 2021 a março de 2022, quando se filiou ao Podemos; de março a 7 de junho, após filiar-se ao União Brasil; e de 7 de junho a 16 de agosto, quando manifestou intenção de concorrer ao Senado pelo Paraná. Ele concluiu que os gastos durante a filiação ao União Brasil não foram excessivos a ponto de desequilibrar a disputa.
Acusações de corrupção - Além das acusações de abuso de poder econômico, Moro também foi acusado de corrupção e desvio partidário. A acusação baseava-se na contratação de serviços por valores considerados desproporcionais, como R$ 1 milhão para um escritório de advocacia ligado ao seu suplente, Luis Felipe Cunha. O ministro Floriano reconheceu a estranheza das contratações, mas afirmou que não houve provas suficientes para comprovar caixa dois ou lavagem de dinheiro.
JD1 No Celular
Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.
Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.