O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu nesta sexta-feira (27) o programa de admissão de refugiados do país, um dos mais ambiciosos do mundo para a recepção de vítimas de conflitos. Criado por uma lei de 1980, o programa federal de reinstalação de refugiados permitiu acolher cerca de 2,5 milhões de pessoas, segundo o instituto de pesquisas Pew.
Uma semana após chegar à Casa Branca, Trump assinou o decreto "Proteger a Nação da entrada de terroristas estrangeiros nos Estados Unidos", que prevê a suspensão total, durante 120 dias, do programa de admissão de refugiados, assim como o congelamento, por três meses, da entrada no país de pessoas provenientes de sete países muçulmanos: Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.
O decreto também proíbe indefinidamente a entrada de refugiados sírios. Desde início do conflito na Síria, em 2011, os Estados Unidos receberam 18 mil refugiados daquele país.
Apenas no ano fiscal de 2016 (1º de outubro a 30 de setembro), os Estados Unidos do presidente Barack Obama receberam 84.994 refugiados, sendo mais de 10 mil sírios. No ano fiscal de 2017, Trump pretende receber menos da metade dos refugiados acolhidos em 2016.
A administração Obama, que em setembro de 2015 admitiu que poderia "fazer mais" sobre o tema, havia fixado o objetivo de acolher 110 mil refugiados em 2017. Desde a posse de Trump, no dia 20 de janeiro, 2.089 refugiados já foram reinstalados nos Estados Unidos, enquanto a Casa Branca preparava o decreto firmado nesta sexta-feira.
A administração Obama se vangloriava de possuir um dos sistemas de admissão e seleção de refugiados mais rigorosos do planeta, que impedia que um "terrorista" passasse pelos controles estabelecidos. O processo de admissão de um refugiado podia durar entre 18 e 24 meses, uma lentidão que provocava fortes críticas das organizações humanitárias.
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