Vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande realizaram, na manhã desta sexta-feira (4), uma Audiência Pública para discutirem a construção de empreendimentos imobiliários na Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Prosa, contemplando regiões como Parque dos Poderes e Jardim Veraneio.
A Comissão de Meio Ambiente da Casa de Leis tratou de diversos pontos sobre a construção de empreendimentos na região, como mudanças em legislação e exigência de estudos ambientais para os empreendedores.
A vereadora Luiza Ribeiro, que propôs o debate, demonstrou preocupação com o adensamento na região e suas consequências, além de propor alterações na legislação do Plano Diretor e a discussão com governo estadual e prefeitura para regulamentação das atividades na Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Prosa.
“A Câmara pode dar sua contribuição ampliando esse debate, do que é mais importante, que é o crescimento da cidade, com preservação ambiental e respeito às normas ambientais e urbanísticas já editadas. Nosso propósito foi ouvir os principais interessados, iniciar o debate com a pretensão de que todos possam colocar suas preocupações e indagações sobre essa questão. Não somos contra a verticalização, mas estamos preocupados com a autorizações sem o processo democrático para construções de prédios na zona de amortecimento”, disse a vereadora.
Presidente da Casa de Leis, o vereador Epaminondas Neto, Papy, destacou que a Câmara “está atenta às questões ambientais e discussões em relação ao desenvolvimento da cidade, respeitando a questão sustentável”, e relembrou que o legislativo municipal tem histórico de presença nessas discussões.
“São leis importantes que impactam no que estamos discutindo aqui. A Câmara está presente nesta discussão, seja com Governo ou com Prefeitura”, comentou.
Já o vereador Jean Ferreira, presidente da Comissão de Meio Ambiente, lembrou a importância da natureza para a Capital. “É muito importante a gente refletir que o Parque dos Poderes impacta toda a cidade, porque é um dos últimos vestígios que temos de mata nativa do Cerrado em Campo Grande. É nosso patrimônio”, comentou.
Apesar de a discussão poder resultar em uma permissão de obras na região, o vereador Veterinário Francisco, vice-presidente da Comissão, afirmou que “a verticalização é como uma punhalada no nosso coração”. “É algo que não volta, é morte. Os animais ali estão morrendo, os quatis, as antas”, disse o vereador, reforçando a importância da preservação ambiental na Capital.
Além dos vereadores, moradores da região, pesquisadores, advogados, Ministério Público Estadual e representantes da área da construção estiveram presentes e participaram da discussão.
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