Cerca de 25 manifestantes estiveram na manhã desta terça-feira (11), na Câmara Municipal de Campo Grande em protesto contra o aumento no salário dos parlamentares.
O empresário Guto Scarpanti, 37 anos, organizador do evento afirmou ao JD1 Notícias que se viu indignado e incrédulo após divulgação do aumento, que “vai onerar a população campo-grandense em quase R$ 8 milhões ao ano”, diante de uma das maiores crises vivida pelos brasileiros, onde comércios estão fechando as portas, terminais de ônibus precisando de reformas, muitos trabalhadores desempregados, enfim motivos para tal insatisfação não faltaram.
"Essa manifestação representa a voz das ruas, cidadãos cansados e insatisfeitos com manobras políticas, e através dessas manobras conseguiram aumentar o salário para quase 20 mil reais, isso é um desrespeito já que ao mesmo tempo aumentou o passe ônibus para quase quatro reais e quem irá pagar essa conta são os trabalhadores que elegeram eles. Não podemos deixar isso acontecer, precisamos renovar a câmara para mudar a situação. Hoje vemos desvio de verba, asfalto em péssimas condições e quem paga por isso são os trabalhadores", afirmou Alexandre Baís, 30 anos, um dos líderes do movimento.
O objetivo da manifestação, de acordo com o organizador, é mostrar para os vereadores a indignação da população quanto ao aumento dos salários.
O projeto que garante aumento de 26% no salário dos vereadores de Campo Grande, que deve passar em 2021, de R$ 15.031 para R$ 18.991, seguiu na manhã desta segunda-feira (10) para apreciação do prefeito Marquinhos Trad (PSD), que pode sancionar a proposta ou vetá-la.
O projeto foi aprovado em sessão única e de forma relâmpago – em menos de 5 minutos, na quinta-feira passada (6), por 22 votos a favor e 2 contra na Câmara. A medida vale para a próxima legislatura (2021/2024), e vai ser implementada ao fixar a remuneração dos vereadores em 75% do valor do subsídio de um deputado estadual.
O valor ainda pode subir mais, se o salário dos deputados estaduais aumentar, o que é possível em razão do reajuste da remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabelece um teto para os subsídios no serviço público e provoca um efeito em cadeia em todos os poderes.
Se sancionado pelo prefeito, Campo Grande terá os maiores salários pago ao legislativo municipal, junto com Aracaju, Rio de Janeiro e São Paulo.
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