A prefeitura de Campo Grande declarou situação de emergência após registrar quase 6.000 casos suspeitos de dengue e quatro mortes nos dois primeiros meses de 2020. O decreto aconteceu nesta segunda-feira (2) após publicação no diário oficial do município.
De acordo com a prefeitura, esse decreto irá ajudar no combate a doença, pois assim não serão necessários processos de licitação para aquisição de bens necessários às atividades de resposta à epidemia e prestação de serviços, sem acarretar prejuízos a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Foram registrados 5.863 casos de suspeitas de dengue, até 26 de fevereiro, 4 destes foram a óbito, sendo um homem de 30 anos, uma idosa de 74, uma criança de 9 e, o último caso, um homem de 54 anos.
Combate ao mosquito
Desde agosto do ano passado as equipes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Sesau têm realizado diariamente o trabalho de orientação e eliminação de criadouros do mosquito.
São feitas inspeções em residências e vistoria em pontos estratégicos, áreas consideradas de maior risco de proliferação de mosquito e que exigem um trabalho específico, a exemplo de borracharias, oficinas mecânicas, pontos de recicláveis, casas e construções em andamentos e abandonadas.
No começo de 2020, a prefeitura iniciou a “Operação Mosquito Zero – É Matar ou Morrer”, onde equipes impulsionam os serviços durante dez dias em cada um dos distritos urbanos da cidade. Atualmente a operação, que deve durar cerca de 70 dias, está na região do Prosa.
Nessas ações, os profissionais de saúde orientam os moradores a seguirem os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito: nunca deixar ao ar livre qualquer recipiente propenso a acumular água, manter a limpeza de terrenos e quintais em dia, instalar telas nas janelas, colocar areia até a borda dos vasos de planta, manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo, acondicionar pneus em locais cobertos, limpar e trocar a água de bebedouros de animais, proteger ralos pouco usados com tela ou jogar água sanitária.
Infestação pelo Aedes
Conforme o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo o Aedes aegypti (LIRAa) realizado em janeiro, sete novas áreas de Campo Grande foram classificadas com o risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito.
Se comparado com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 22 para 42 áreas de alerta, quase o dobro de 2019. O índice mais alto foi detectado na área de abrangência da USF Iracy Coelho, com 8,6% de infestação.
A área da USF Azaleia aparece em segundo com 7,4% de infestação, seguido da USF Jardim Antártica, 5,2%, USF Alves Pereira, 4,8, USF Sírio Libanês, 4,4%, Jardim Noroeste, 4,2% e USF Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), 4,0%.
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