O Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão (HCAA) tem passado por dificuldades financeiras e pede apoio com urgência no enfrentamento para cumprir o novo piso salarial da Enfermagem. São 132 profissionais da enfermagem (enfermeiros e técnicos), aptos ao piso salarial imposto pela nova Lei, com impacto de cerca de R$ 3.500.000,00 por ano.
Em nota, a instituição explica que é a favor do novo piso destes profissionais, pois reconhecem a importância dos cuidados especializados aos pacientes. Porém, o hospital afirma não ter condições de suprir o valor e precisam de envio imediato de custeio/verba suplementar correspondente.
O diretor da HCAA, Amilton Fernandes Alvarenga, contou ao JD1 Notícias, que a situação precisa ser de conhecimento de todos, pois é um momento delicado. "É uma despesa de rotina que vai acontecer daqui pra frente, pra sempre. É uma questão que envolve todo mundo e precisa ser viabilizada para a população" afirmou.
O comunicado ainda destaca que desde a pandemia do Covid-19, hospitais filantrópicos e Santas Casas do País tem enfrentados enormes dificuldades financeiras, que afetaram imensamente a saúde pública em geral. Com isso, os atendimentos saltou de 48.321 procedimentos (2020) para 83.196 (2021), realizando tratamentos contra neoplasias com equipe multiprofissional especializada, infraestrutura e insumos de altíssimo custo.
Atualmente 99% dos pacientes atendidos no HCAA são oriundos dos SUS, admitidos via Sistema de Regulação (Sisreg), de todo o Mato Grosso do Sul. A unidade hospitalar conta com uma equipe de 421 funcionários e destes 132 profissionais da enfermagem (enfermeiros e técnicos), aptos ao piso salarial imposto pela nova Lei, com impacto de cerca de R$ 3.500.000,00 por ano.
Para manter o atendimento e manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, o hospital afirma que solicitou socorro aos entes públicos. "Contamos com o apoio e a compreensão de todos para que unidos possamos transpor todas dificuldades em prol da saúde e vida" finaliza a nota.
Novo piso
A Lei 14.434 de 04/08/22 estabelece que enfermeiros devem receber, no mínimo, R$ 4.750 por mês. Técnicos de enfermagem, ao menos, 75% disso (R$ 3.325). Já auxiliares de enfermagem e parteiras têm de receber, pelo menos, 50% desse valor (R$ 2.375).
Reportar Erro
Deixe seu Comentário
Leia Também

SUS vai oferecer novos tratamentos para endometriose

MP fiscaliza atendimento a vítimas de violência sexual em Corumbá e Ladário

MS recebe 34 médicos do Programa Mais Médicos para reforçar atenção básica

Mutirão de saúde realiza 225 atendimentos em hospitais universitários de MS no sábado

MS apresenta queda na incidência de vírus respiratório; país ainda sofre

Paciente será indenizada após médico diagnosticar incorretamente morte fetal

Ministério Público investiga funcionamento inadequado do SAMU em Sidrolândia

MS tem 6.796 casos de Dengue confirmados em 2025

Suriname se torna primeiro país amazônico livre da malária, diz OMS
