No mês de junho, as doações de sangue ficam até 80% menores em Mato Grosso do Sul, por causa do inverno. Devido aos baixos estoques de sangue, o período passou a ser reconhecido nacionalmente como o mês de incentivo às doações, o “Junho Vermelho”. Na tentativa de reparar os números preocupantes, diversas parcerias estão agendadas com Hemosul.
Com o "Junho Vermelho", o Hemosul consegue promover doações em massa e tenta manter os estoques em níveis adequados para atender à demanda da população. As campanhas e ações têm como objetivo ainda estimular que doadores já cadastrados façam doações em meses mais frios, incentivar que mais pessoas se cadastrem, fazendo com que a causa, "Junho Vermelho", alcance o maior número de pessoas possível.
Segundo a coordenadora do Hemosul, Marli Vavas, doar sangue é um ato de solidariedade. “Junho inicia um período crítico para as doações de sangue, que é o início do inverno, que afasta os doadores. As parcerias e campanhas são fundamentais para que possamos manter nossos estoques. E é muito importante lembrar que precisamos de doações todos os dias e que a população está convidada a praticar este importante ato de solidariedade”.
Na segunda semana de junho, entre os dias 10 e 12, já está programada a coleta junto aos militares, com um grande número de doadores. No dia 13, feriado municipal em Campo Grande, o Hemosul da capital não funcionará (no interior abrirá normalmente), e os atendimentos retornam no dia 14, quando é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue.
Já na terceira semana de junho, a grande doação será feita pelos policiais militares, como já fazem todos os anos. A imprensa também tem papel importante neste período de divulgação, multiplicando o alcance e trazendo mais doadores às unidades.
Junho Vermelho
O mês de incentivo especial à doação de sangue surgiu de uma iniciativa de doadores de São Paulo, que criaram o projeto Eu Doo Sangue. O intuito era amenizar a queda nos estoques neste período crítico, que se inicia em junho e se estende até agosto, quando as temperaturas caem e as doenças respiratórias e gripes, sobretudo, aumentam.
De acordo a Agência Brasil, uma pesquisa feita em 2017 revelou que cerca de 92% dos brasileiros disseram não ter doado sangue entre junho de 2016 e junho de 2017. Conforme o levantamento, “além do recesso e do clima mais frio, feriados e dias chuvosos também impactam negativamente nos hemocentros, que costumam registrar queda de 30% em seus estoques durante o período”, diz o texto da Agência Brasil.
Os dados da mesma pesquisa, feita pelo projeto Eu Doo Sangue, em parceria com o Instituto Datafolha, também mostraram que 39% dos brasileiros admitem não saber qual é seu tipo sanguíneo. O estudo, que ouviu 2.771 entrevistados em todo o país, mostrou que o desconhecimento é maior entre os homens (44%) do que entre as mulheres (35%). A maior parte dos jovens (52%), na faixa dos 16 aos 24 anos, também desconhece essa informação.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que cada país tenha entre 3% e 5% de sua população como doadora de sangue frequente. No Brasil, o índice fica em 1,8%, enquanto que em alguns países da Europa, o índice salta para cerca de 7%.
Locais para doação no MS
O doador interessado pode se dirigir a qualquer um dos lugares alistados: Hemosul Coordenador, que fica na avenida Fernando Corrêa da Costa, 1.304; o Hemosul que fica no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS); Hemosul Dourados; Hemosul Ponta Porã; Hemosul Paranaíba e Hemosul Três Lagoas.
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