A exigência do presidente Jair Bolsonaro pelo uso da cloroquina pode ser fatal aos pacientes que se recuperam do coronavírus. Foi o que afirmou o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou em entrevista nesse domingo (17).
Segundo ele, o uso pode elevar a pressão por vagas em centros de terapia intensiva e provocar mortes em casa por arritmia.
O ex-ministro explixou a afirmação. "Começaram a testar pelos quadros graves que estão nos hospitais. Do que sei dos estudos que me informaram e não concluíram, 33% dos pacientes em hospital, monitorados com eletrocardiograma contínuo, tiveram que suspender o uso da cloroquina porque deu arritmia que poderia levar a parada cardíaca", explicou.
Segundo Mandetta, a forte pressão exercida por Bolsonaro é uma tentativa de estimular a volta ao trabalho. Porém, na visão dele, o país passou apenas 1/3 da crise e deverá ter pelo menos mais 12 semanas "duras".
O ex-ministro lembrou que a pasta falava sobre a doença desde janeiro. No entanto, ele diz ter percebido que o governo Bolsonaro não percebeu o tamanho do problema.
"A primeira sensação que tive era que o governo não estava tão interessado no assunto e não estava dando a devida dimensão. Só quando estávamos com vírus e casos acontecendo, na segunda quinzena de março, é que perceberam que a sociedade inteira estava muito ligada no Ministério da Saúde como principal ponto de referência", explicou.
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Segundo Mandetta, a forte pressão exercida por Bolsonaro é uma tentativa de estimular a volta ao trabalho (Reprodução/Internet)



