O botulismo ficou conhecido mundialmente no início deste mês após duas pessoas morreram com diagnóstico da doença. Os casos aconteceram na Itália, onde outras 17 precisaram ser internadas após consumirem brócolis.
Segundo informações do Instituto Nacional de Saúde Italiano, as vítimas foram acometidas por botulismo.
Conforme o neurologista Gabriel Braga, do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, o botulismo pode causar paralisia muscular e levar até a morte, causada por uma toxina produzida por uma bactéria.
"Botulismo é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria. Ela é uma bactéria da mesma família do Clostridium tetane, que provoca a doença chamada tétano, mas no caso do botulismo ela pode produzir a toxina botulínica, que é uma toxina que, quando em contato com o hospedeiro, vai promover o bloqueio neuromuscular", explica.
Entre os principais sintomas estão febre, mal-estar, náuseas, vômitos e diarreias. Porém, a doença pode provocar outros sintomas que afetam especificamente o sistema neurológico.
"Os sintomas neurológicos específicos, como dilatação sanguínea, visão dupla, visão turva, fraqueza muscular, cialorréia (aumento da quantidade de saliva), dificuldades para engolir e até para respirar”.
O tratamento é principalmente de suporte neurológico, respiratório e intensivo, podendo ser utilizado ainda o antídoto da toxina botulínica, que vai contrapor os efeitos do bloqueio neuromuscular. “É uma doença grave. Felizmente é pouco frequente, mas ainda existem casos no Brasil, principalmente relacionados à alimentação”, salienta o neurologista.
Embora a bactéria causadora do botulismo possa ser transmitida por contato com fezes de animais, ferimentos com espinhos ou farpas e até infecções neonatais, a maioria dos casos ainda é desencadeado pelo consumo de alimentos mal higienizados ou mal conservados.
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