A Mape Frutas, localizada na Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (CEASA/MS), se tornou a primeira empresa do estado a comercializar mirtilo 100% sul-mato-grossense. A fruta, também conhecida como blueberry, é popular nas confeitarias e, embora típica de regiões frias, adaptou-se ao clima de Jaraguari.
Com isso, a produção local ganhou espaço e já é um sucesso na central de abastecimento de Campo Grande. A proximidade com a capital também trouxe vantagens logísticas. A fruta, colhida em Jaraguari, chega ao consumidor com mais frescor e qualidade.
Antes disso, a Mape já vendia mirtilos, mas eles vinham de outros estados, o que encarecia o produto. Agora, com a produção a apenas 47 quilômetros da capital, houve uma redução de cerca de 10% nos custos de transporte. O sócio-proprietário da Mape, André Vasconcelos, destaca que o consumidor é o maior beneficiado. A entrega rápida mantém o frescor e a qualidade do produto. Além disso, o cultivo local impulsiona o desenvolvimento regional e a geração de empregos.
A produção dos mirtilos é feita em parceria com Flávio Coelho, produtor da marca Berry Five. Ele conta que o contato com a Mape começou ainda em 2023, quando suas plantas começaram a frutificar. Após uma visita técnica ao pomar, a empresa passou a comercializar a fruta já na primeira colheita. A aceitação do mercado foi imediata, estimulando o crescimento da produção. Em 2025, mais de uma tonelada já foi comercializada pela Mape.
Cada tonelada equivale a cerca de 8 mil caixinhas de 125 gramas, e a produção segue até novembro, podendo ultrapassar 1,5 tonelada. Além de produtor rural, Flávio também é músico e já tocou com artistas renomados como Michel Teló e Gusttavo Lima. Após anos de estrada, decidiu retornar ao campo e apostar em uma cultura inovadora para o estado. O mirtilo, até então raro em Mato Grosso do Sul, se mostrou viável mesmo em uma região fora dos padrões climáticos tradicionais para a fruta. A aposta ousada vem trazendo bons resultados.
Entre os principais desafios enfrentados estão a falta de mão de obra qualificada e a necessidade de importar insumos de outros estados. A planta exige cuidados específicos, como irrigação diária de pelo menos 4 litros por pé. Mesmo assim, Flávio mantém o otimismo e já planeja ampliar a produção. Atualmente com 2.600 plantas, ele espera expandir para 10 mil até o fim do ano. A parceria com a Mape mostra que é possível produzir com qualidade, valor agregado e identidade regional.
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Foto: Ceasa 



