As chuvas fortes que caíram durante a tarde desta segunda-feira (13), em Campo Grande, escancararam uma série de falhas de infraestrutura no condomínio Maiorcas II, construído pela empresa Tecol, no Bairro Vila Nasser.
Entregue há apenas quatro meses, o empreendimento já apresenta alagamentos, retorno de esgoto, buracos sem sinalização, ralos falsos e infiltrações. “Hoje meu carro caiu dentro de um buraco na rua, que estava coberto de água. Como tinha um caminhão parado, precisei passar pelo outro lado e não vi. Fundou metade da roda. Amanhã vou fazer o orçamento para ver o estrago”, relata uma moradora.
Segundo ela, existem pelo menos 7 a 10 buracos espalhados pelo condomínio, muitos deles próximos ao parquinho das crianças, sem qualquer tipo de sinalização nas calçadas ou nas ruas.
Além disso, há problemas com vazamento de água e esgoto, agravados com a chuva. Moradores relatam que, ao utilizar a piscina e tentar esvaziá-la, a água retorna pela tubulação e alaga a casa de máquinas. “Tive que trabalhar com o motor em cima de um toco para não encharcar o pé”, contou outro morador.
A situação das calçadas e acessos também preocupa. Os moradores relataram que as rampas de acesso foram mal projetadas, impedindo que veículos de passeio entrem nas casas sem raspar a parte de baixo. Em algumas residências, moradores já refizeram a entrada por conta própria.
Outro ponto crítico são os ralos instalados no condomínio, que, segundo os relatos, não têm nenhuma ligação com a rede de escoamento. “É só um buraco no chão. A água fica ali acumulada, não tem para onde ir. Com a chuva, tudo alaga”, denuncia uma moradora. A falta de drenagem adequada faz com que a água da chuva se infiltre pelo vidro das portas, gerando novas infiltrações e danificando o interior das casas.
Obra recente, mas cheia de problemas
Os moradores apontam que o condomínio, entregue pela Tecol, ainda tem uma série de pendências, mesmo após a entrega oficial. A piscina, por exemplo, só foi finalizada cerca de quatro meses depois, e há falta de acabamento em diversas casas. “Na entrega, prometeram fino acabamento, mas a realidade é outra. Água entra por baixo da porta, tem ralos falsos, retorno de esgoto... a estrutura foi mal feita”, desabafa a proprietária de um imóvel.
Além dos problemas visíveis, há um temor maior: a falta de sistema de drenagem abaixo das casas. “É como se fosse um sumidouro. A água encharca a terra e, sem ter por onde sair, procura passagem por baixo. Isso pode comprometer a estrutura das casas com o tempo.”
A reportagem procurou a Tecol, mas até a publicação desta matéria não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestações futuras.
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O espaço inundou após as chuvas de hoje (WhatsApp/JD1)



