Hoje é dia delas, as queridinhas do MS! Nesta terça-feira, 29 de novembro, é celebrado o Dia Nacional da Onça-pintada, o maior felino das Américas, topo da cadeia alimentar, símbolo da conservação da biodiversidade brasileira, de força e, ao mesmo tempo, tão vulnerável às perdas de habitat e à caça. Desde 2018 a data é comemorada, quando foi oficializada pelo Ministério do Meio Ambiente para unir esforços em ações de divulgação sobre a importância ecológica, econômica e cultural da espécie.
Animal simbólico do Pantanal, a onça ganhou ainda mais destaque no Brasil após o remake da novela Pantanal, que mostrou novamente as belezas e a vida pantaneira. Desde então, se tornou ainda mais comum assuntos relacinados as onças. E se cada um tem um dia especial no ano para comemorar a vida, é justo que a onça-pintada também tenha.

De acordo com o médico veterinário do Instituto Homem Pantaneiro e coordenador do Programa Felinos Pantaneiros, Dr. Diego Viana, o número de onças na Serra do Amolar é acompanhado com frequência. “Até hoje foi avaliado, pela Fundação Panthera Brasil, a densidade de onças-pintadas na Serra do Amolar, de 8.3 indivíduos a cada 100 quilômetros quadrados. Até o momento, o Programa Felinos Pantaneiros já identificou 120 onças pintadas diferentes, mas isso nas áreas de atuação do Programa”, revelou o veterinário.
Em Mato Grosso do Sul, a PMA (Polícia Militar Ambiental) deu destaque em dois casos de resgate de onças. Conforme o Tenente Coronel Queiroz da PMA, “os casos de atropelamento, os quais foram poucos este ano, é feito a Taxidermia (empalhamento), sendo usadas para educação ambiental”. “A Polícia Militar Ambiental de Miranda recolheu uma onça-pintada de 103 kg que foi atropelada na rodovia BR 262. Nossos policiais foram imediatamente ao local e constataram que a onça já estava morta, e então efetuaram o recolhimento da carcaça do animal, um macho adulto”. E acrescentou, “Outro caso foi em Corumbá, de uma onça jovem que foi atropelada também na BR 262. O animal foi encontrado já morto, na região conhecida como Morro do Azeite”.
A ‘rainha das matas’, como é conhecida, é símbolo da conservação da biodiversidade brasileira, habitando quase todos os biomas do país – exceto o Pampa, onde foi extinta. Considerada um dos animais mais “famosos” da fauna, a onça possui características e comportamentos interessantes, como sua impressão radical, seu tamanho, habilidades [como a capacidade de escalar árvores], a fome por “qualquer” animal e, principalmente, sua força. Cheia de curiosidades a seu respeito, a onça-pintada possui a mordida mais forte entre os felinos. A força da mandíbula é tão grande que consegue quebrar até cascos de tartaruga.
Trabalhando com a população sobre a preservação desses animais, a conservação de onças-pintadas vai além do animal, e sim do ambiente a sua volta. “Conservar a onça-pintada é conservar todos os ecossistemas associados”, ressaltou o Instituto Homem Pantaneiro.
Homem Pantaneiro
Fundado em 2002, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua na preservação do bioma Pantanal e da cultura local. Dentre as atividades desenvolvidas pelo IHP destaca-se a gestão de áreas protegidas, o desenvolvimento de pesquisas e a promoção de diálogo entre os atores com interesse na área.

Atuando em áreas de proteção integral no bioma Pantanal, o instituto trabalha a partir da consolidação de um corredor ecológico entre a Serra do Amolar e o Parque nacional do Pantanal Matogrossense (PARNA Pantanal).
Apoiando pesquisas de levantamento e monitoramento de espécies, o IHP atua na determinação de áreas prioritárias para conservação da diversidade, através de evidências quantitativas e qualitativas, nas áreas do PARNA Pantanal e áreas da Rede Amolar.
Onçafari
É possível apadrinhar uma onça-pintada. Para "adotar" o felino Especialistas e a Organização Não Governamental (ONG) Onçafari, responsável pelo processo, veem a atitude de apadrinhamento como um investimento de ajuda à biodiversidade do Pantanal.
Ao escolher uma, a pessoa passa a ter o direito de acompanhar toda a trajetória do felino por um ano. O padrinho recebe com frequência relatórios de como está a vida do animal e ainda colabora para a preservação do bicho no habitat natural. A onça "adotada" pode continuar livre no Pantanal, como todos os outros animais assistidos pela ONG.
Ver uma onça é algo considerado raro, mas aqueles que tiverem interesse, ao adotar, tem a possibilidade de ver o animal de perto. Além de adotar uma onça-pintada, a população pode optar por ajudar a ONG de outras formas, como apadrinhar uma roseta (espécie de digital das onças), apoiar amigos dos felinos, ajudar na manutenção das bases, proporcionar um check-up da onça, patrocinar colar de monitoramento para os felinos, além de patrocinar pesquisas de biólogos, ou até mesmo adotar um lobo-guará. Para saber os valores, como ajudar a ONG ou adotar uma onça-pintada, visite o site.
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Onça-pintada (Foto: Divulgação/Internet)



