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Cultura

Espetáculo Orlando Furioso acontece neste fim de semana na Capital

04 junho 2010 - 12h15Plantão de Cultura Guaicuru
O Grupo Sobrevento apresenta Orlando Furioso no Pontão de Cultura Guaicuru, em Campo Grande. As apresentações têm entrada franca e acontecem nos dias 5 e 6 de junho, às 20h. O Pontão de Cultura Guaicuru fica na Rua 13 de maio, 727, no Bairro Santa Dorothéia. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3026-6356 ou através dos sites www.sobrevento.com.br e www.pontaodeculturaguaicuru.org.br. ORLANDO FURIOSO é um espetáculo teatral para adultos baseado no texto homônimo de Ludovico Ariosto, com bonecos movimentados por vergalhões de ferro. Com 90 cm e pesando 3,5 Kg, estes bonecos são construídos conforme uma técnica siciliana tradicional e fazem movimentos vigorosos, como nenhum outro tipo de boneco é capaz de fazer. Conhecidos como pupi, estes bonecos são ideais para a encenação de combates armados, paixões arrebatadoras, loucura, ingredientes deste poema épico, baseado em canções de gesta que remontam ao século XI. A montagem narra a história do amor que levou Orlando, o maior paladino da França, à loucura, pondo em risco o exército de Carlos Magno e o domínio cristão na Europa. Com quatro atores-manipuladores e música ao vivo executada por três músicos (violão, canto e viola caipira; acordeão e percussão), Orlando Furioso é a 15a montagem do GRUPO SOBREVENTO, com 23 anos de carreira e reconhecido internacionalmente como um dos maiores expoentes brasileiros do Teatro de Animação. O espetáculo foi realizado com o apoio do ProAC – Programa de Ação Cultural – da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e recebeu 3 indicações ao Prêmio Shell na ocasião de sua estréia, em 2008. As apresentações em Campo Grande integram o Projeto Caravana Orlando Furioso – difundindo os pupi no Brasil, que prevê ainda debates, oficinas e exposição na cidade e em outras 3 capitais e é realizado graças ao Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz. ORLANDO FURIOSO retoma a tradição – perdida no Brasil – dos pupi, bonecos típicos do sul da Itália, movidos por vergalhões de ferro que sustentam todo o peso das figuras, e capazes de realizar movimentos vigorosos como nenhum outro tipo de boneco. Feitos inteiramente de madeira, os bonecos têm 90cm de altura e pesam mais de 3,5 Kg, exigindo grande esforço dos manipuladores. Uma rara oportunidade de assistir a um espetáculo de bonecos destinado ao público adulto, a montagem é a primeira encenação, no Brasil, do poema clássico de Ludovico Ariosto, publicado pela primeira vez em 1516, que conta como o amor de Orlando – o maior paladino da França – por Angélica – uma rainha pagã – pôs em risco o exército de Carlos Magno e o domínio dos cristãos na Europa. Realizado pelo Grupo Sobrevento, que em 23 anos de carreira consolidou-se internacionalmente como um dos maiores especialistas brasileiros em Teatro de Bonecos e de Animação, o espetáculo mostra bonecos de grande beleza e fino acabamento, que demandaram um estudo demorado e o aprendizado de diversas técnicas de confecção trabalhosas e especializadas. Técnica dos pupi Feitos de madeira, com armaduras de bronze, cobre e alumínio, os 19 bonecos do espetáculo foram confeccionados ao longo de seis meses, em um trabalho de oito horas diárias. O acabamento meticuloso das armaduras, em metal repuxado, e dos figurinos dos bonecos chama particularmente a atenção e revela o caráter artesanal e delicado de sua elaboração. O elemento definidor da técnica de animação destes bonecos é a utilização de varões pesados de ferro presos à cabeça e ao braço direito das figuras. Muito pesados, estes bonecos são manipulados por cima e adquirem movimentos de grande vigor e vivacidade, demandando muito esforço físico dos bonequeiros. Os pupi, bonecos de varão característicos da Sicília, semelhantes aos usados na montagem do SOBREVENTO, são considerados patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco. Variantes da técnica de varões podem ser encontrados, particularmente, em Évora (Portugal) e em Liège e Bruxelas (Bélgica). Os pupi no Brasil O SOBREVENTO é, hoje, o único grupo em atividade no Brasil que domina a técnica dos pupi e dos bonecos de varão. Sabe-se, por documentos argentinos, da passagem de alguns pupari (marionetistas italianos) pelo Brasil, provenientes da Sicília e de Nápolis, no início do século XX. Não há, porém, documentos de conhecimento público que registrem suas apresentações por aqui. O único registro da atividade de um puparo no Brasil refere-se às atividades de Dante Santaguida (1924-1983), natural de Lecce, no sul da Itália, que mantinha um restaurante na cidade de Londrina (PR), onde realizava apresentações freqüentes com seus bonecos. Em sua variante portuguesa, os títeres de varão tiveram presença importante no Brasil, até o século XIX. Para o SOBREVENTO, a importância de se recuperar esta técnica no país está no quanto ela traduz a nossa Cultura. Orlando Furioso e Ludovico Ariosto Ludovico Ariosto nasceu em Reggio Emilia, em 1474, e morreu em Ferrara, em 1533. Filho de um membro do tribunal de Ferrara, estudou Direito, abandonando a carreira para dedicar-se à Poesia. A obra de Ariosto é vasta: Poesias líricas latinas (1493/1503), sátiras, peças de teatro, etc. Sua obra mais famosa é o poema Orlando Furioso, continuação de uma obra anterior de Matteo Maria Boiardo entitulada Orlando Enamorado. O poema, composto de 46 cantos em sua versão final, alcançou grande sucesso, por ocasião de sua publicação. Nele, o poeta ridiculariza a nobreza feudal em decadência, ao mesmo tempo em que prenuncia o novo homem da Renascença. Além de seus aspectos sociais, a obra consegue unir um enredo fantástico a uma versificação harmoniosa. Orlando Furioso foi traduzido em quase todas as línguas e no próprio século XVI foram feitas mais de sessenta edições do poema. Narra uma série de episódios que derivam de épicos, romances e poesia heróica da Idade Média e início do Renascimento, destacando-se três histórias nucleares à volta das quais as outras se formam: o amor de Orlando por Angélica - a de maior importância; a guerra entre cristãos (liderados por Carlos Magno) e mouros (liderados por Agramante) perto de Paris - que constitui o cenário épico para toda a narrativa; e o amor entre Ruggiero e Bradamante. Ariosto ainda deixou o poema inacabado Rinaldo Ardito. A equipe ORLANDO FURIOSO conta com cenários e figurinos de André Cortez e música original de João Poleto. O SOBREVENTO é formado por Luiz André Cherubini, Sandra Vargas, Maurício Santana e Anderson Gangla. A estrutura, mecanismos, adereçaria e confecção de armaduras dos bonecos é de Luiz André Cherubini, Anderson Gangla, Maurício Santana e Marcelo Amaral, com a colaboração de Paulo Caverna e Elza Martins. A escultura de mãos e cabeças é de Agnaldo Souza, a pintura é de Léia Izumi, os figurinos dos bonecos são de Sandra Vargas. Para dar início à pesquisa dos pupi, o SOBREVENTO recorreu a Luciano Padilla, argentino, especialista da técnica, trazendo-o ao Brasil para orientar os estudos e confecção. O processo de confecção dos bonecos teve início com um estágio aberto pelo Grupo, ao qual candidataram-se mais de 40 bonequeiros de cinco estados brasileiros para as 10 vagas oferecidas. Pontão de Cultura Guaicuru O Grupo Sobrevento O SOBREVENTO é um Grupo de Teatro profissional, formado em 1986, que busca apresentar, experimentar, desenvolver, inovar, aperfeiçoar, difundir, multiplicar, valorizar, fortalecer, ensinar, aprender e estudar o Teatro de Animação. É reconhecido, nacional e internacionalmente, como um dos maiores especialistas brasileiros da área. O Grupo tem, hoje, dez espetáculos em repertório – destinados a diferentes públicos e espaços – com os quais ganhou alguns dos Prêmios mais importantes do país. Em suas andanças, viajou por todo o Brasil, do Acre ao Rio Grande do Sul, e apresentou-se em mais de uma centena de cidades não só do Brasil, mas também da Espanha, Irlanda, Escócia, Argentina, Chile, Colômbia, Angola, Irã e México.

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