Em Campo Grande, no dia 21 de maio, acontecerá a estreia nacional da série documental “Caminho do Peabiru – O legado que o tempo escondeu”, uma produção que promete recontar parte esquecida da história do Brasil e das Américas por meio de descobertas inéditas.
Produzida e financiada pela empresa sul-mato-grossense Dakila Pesquisas, a obra traz à tona novos detalhes sobre uma das rotas terrestres mais antigas do continente, que ligava o Oceano Atlântico ao Pacífico.
Aberta ao público, a apresentação especial ocorrerá na Capital e mostrará, em primeira mão, imagens e informações obtidas após décadas de pesquisa.
A produção é resultado de 30 anos de trabalho de campo, utilizando tecnologias avançadas, como LiDAR, GPR e drones, para mapear áreas de difícil acesso sem causar impactos ambientais, como escavações ou desmatamentos.
“Durante um mês de gravação, conseguimos captar imagens que mostram, em formato inédito, os avanços das pesquisas de altíssima precisão geográfica, utilizando as melhores práticas de sustentabilidade”, afirmou Urandir Fernandes de Oliveira, presidente da Dakila Pesquisas.
A série revela registros únicos de locais como as regiões montanhosas de Campos do Quiriri e Garuva, em Santa Catarina, onde foram identificados vestígios arqueológicos, geoglifos, estruturas de pedra e artefatos que evidenciam o uso da rota por antigas civilizações.
A primeira temporada é composta por quatro episódios e conta com a parceria do projeto Brasil Primitivo nas expedições em Santa Catarina. As gravações incluíram percursos por trilhas remotas e terrenos inóspitos, com trechos alcançados apenas por helicóptero.
Uma rota milenar e global
O Caminho do Peabiru é considerado uma das primeiras grandes rotas bioceânicas do mundo. Conhecida por diversos nomes nas diferentes culturas que a utilizavam, a trilha é associada a significados como “caminho do gramado amassado”, “caminho para o céu” ou “caminho da terra sem mal”.
Estima-se que tenha entre 3 mil e 12 mil anos, atravessando os atuais territórios de Brasil, Paraguai, Bolívia, Peru e até mesmo com evidências de conexões com países europeus como Espanha, Portugal e França, além de locais do Oriente Médio como Líbano e Turquia.
No Brasil, vestígios do caminho permanecem preservados em estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro e na Amazônia.
Novas temporadas
Com a repercussão da série e a relevância histórica do conteúdo, a Dakila Pesquisas já prepara novas temporadas, focadas em outros estados brasileiros.
O objetivo é fomentar o turismo científico, ecológico e cultural, além de ampliar o acesso ao conhecimento sobre o Caminho do Peabiru.
Uma das iniciativas em andamento é a parceria firmada em 2024 com o governo do Estado de São Paulo, por meio de um acordo de cooperação técnica para apoiar pesquisas e promover a rota como patrimônio histórico e turístico.
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