De acordo com Thiago, em novembro de 2011, Bruno Camacho e Cuiabano foram convidados pela produção de Cristiano Araújo para conhecer o estúdio do cantor, em Goiânia, e mostrar algumas composições. Dentre as músicas, estaria "Bará Berê". "Eles ficaram receosos de mostrar [a canção] porque ela ainda não havia sido registrada", explica o advogado.
Após a insistência de Raynner Ferreira Coimbra de Jesus, empresário de Cristiano, os dois resolveram cantar e a música foi gravada no celular de Raynner, que alegou não ter problemas, pois não tinha a intenção de lançar a canção. "Eles confiaram, gravaram e foram embora. Cerca de três semanas depois, indo para um ensaio, eles ouviram a música na rádio e ficaram desesperados", afirma.
A ação tramita na 9ª Vara Cível de Goiânia. Ao todo, oito pessoas e instituições são citadas no processo. Além de Teló, Cristiano e Raynner, são apresentados como réus o cantor e compositor Dogival Dantas, tido como real autor da canção, e as empresas Talismã Administradora de Shows Musicais LTDA, Efeitos Produções, Gravadora Som Livre LTDA e Apple Computer do Brasil LTDA.
A assessoria de imprensa de Cristiano Araújo, que também responde por Raynner, pela Talismã e pela Efeitos, disse ao G1, por telefone, que antes da gravação da música foi realizado uma busca e o autor Dogival Dantas foi devidamente identificado, autorizando todo o processo. "Dessa forma, não há quaisquer irregularidades". Ainda segundo a assessoria, em momento oportuno, tanto o cantor quanto as empresas buscarão medidas legais contra o que considerou "falsa denúncia" por parte de Bruno Camacho e Cuiabano.
O G1 também teria tentado falar sobre o caso com a assessoria de Michel Teló, mas ninguém teria atendido aos telefonemas. O advogado do compositor Dogival Dantas foi procurado, mas não foi encontrado. A gravadora Som Livre e a Apple Computer não responderam até a publicação da reportagem.
Fim da dupla
No final de 2012, Bruno Camacho e Cuiabano desfizeram a dupla. Atualmente, cada um segue carreira solo e se apresentam em bares de Goiânia. "Depois disso, a dupla até tentou continuar, mas acabou terminando. Se não fosse isso, estavam juntos até hoje", acredita Yan Parada, produtor dos cantores e que atualmente trabalha com Bruno Camacho.
O advogado Thiago Felipe Oliveira diz que seus clientes querem ser ressarcidos por toda a quantia que os réus do processo lucraram através da música. "Se ganharmos a causa, o valor da indenização será apurado. Ainda não temos uma quantia exata, mas os números giram entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões", afirma.
Thiago garantiu ainda que tem como comprovar que a ex-dupla é realmente autora da canção mesmo não tendo registrado-a. Segundo ele, estão anexados ao processo itens como vídeos, clipes e discos que legitimariam a criação.
Por enquanto, nenhuma audiência do processo aconteceu ou foi marcada.Reportar Erro
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